O dólar encerrou a terça-feira em alta de 0,33 por cento, a 2,139 reais, impulsionado por algumas remessas de recursos e pelo leilão de compra de dólares do Banco Central.
Segundo operadores, o desempenho negativo da Bolsa de Valores de São Paulo também contribuiu para a mudança no movimento do dólar, após a moeda norte-americana operar perto da estabilidade pela manhã.
“À tarde, sabendo que o BC vinha com o leilão, o pessoal resolveu puxar (a cotação do dólar) para vender para ele um pouco mais caro”, explicou José Roberto Carreira, gerente de câmbio da corretora Novação.
No leilão de compra de dólares realizado perto do fechamento do mercado, a autoridade monetária aceitou dez propostas, com taxa de corte a 2,138 reais.
O gerente de câmbio de um banco nacional, que pediu para não ser identificado, citou a presença de algumas empresas na ponta de compra do mercado.
Paulo Fujisaki, analista de mercado da corretora Socopa, lembrou que as últimas sessões têm sido de volume menor de negócios, o que faz com que qualquer movimento um pouco mais forte de entrada ou saída de recursos interfira na cotação.
“Não tem notícia que tenha interferido, é só questão de fluxo mesmo”, acrescentou o analista.
Segundo ele, perto do fechamento, o volume de negócios era de 1,5 bilhão de dólares –um pouco abaixo da média diária de 1,9 bilhão de dólares na semana passada.
No quadro internacional, o dólar também subia frente ao euro e ao iene nesta tarde, depois de dados econômicos fracos da Alemanha e de comentários do presidente do Federal Reserve de Chicago, Michael Moskow, alertando que pode ser necessário elevar mais o juro norte-americano para combater a inflação.