O dólar encerrou com discreta alta nesta sexta-feira, em um começo de mês de menor liquidez (oferta da moeda disponível no mercado) e com uma atuação um pouco mais firme do Banco Central.
A divisa norte-americana encerrou a R$ 2,168, com variação positiva de 0,09%.
“É o primeiro dia útil do mês, e uma sexta-feira. Era de se esperar que o volume fosse fraco”, afirmou José Roberto Carreira, gerente de câmbio da corretora Novação.
Segundo ele, por volta das 16h o volume de negócios registrados no segmento interbancário era de US$ 700 milhões. Na véspera, o volume superou US$ 4 bilhões.
A atuação do Banco Central perto do fim da sessão contribuiu para o fechamento em alta. A autoridade monetária aceitou sete propostas no leilão de compra de dólares, com corte a R$ 2,166.
Nos leilões anteriores, o BC vinha aceitando, em média, três propostas. A operação serve para reforçar as reservas internacionais, que já superaram US$ 83 bilhões na quinta-feira.
Francisco Carvalho, gerente de câmbio da corretora Liquidez, reiterou que depois da movimentação forte dos últimos dias para derrubar a Ptax (taxa média do dólar) do fim do mês, a pressão diminuiu no câmbio.
“(O mercado) volta a ficar de olho no cenário externo, a tendência é se manter nesse nível entre R$ 2,15 e R$ 2,18 até o final do ano”, disse.
O mercado internacional ficou mais desfavorável aos emergentes nesta sessão, com risco-país subindo e bolsas de valores em baixa.