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Dólar fecha em alta pela 3ª sessão consecutiva e vai a R$ 2,32

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O dólar encerrou em alta nesta quinta-feira pela terceira sessão consecutiva, a R$ 2,329, por conta de um ajuste de posições atento ao cenário externo. Ingressos de recursos perto do fechamento, no entanto, ajudaram a conter o movimento e a divisa norte-americana terminou o dia com leve avanço de 0,22%.

Pela manhã, a reação inicial do mercado ao corte da taxa Selic dentro do esperado foi otimista – com o dólar operando em baixa. Mas ao longo da sessão, os investidores passaram a reduzir suas fortes posições vendidas em dólar.

O Comitê de Política Monetária (Copom) anunciou na quarta-feira a redução de 0,75 ponto percentual da taxa básica de juro, para 17,25%. Boa parte do mercado já esperava esse corte depois de dados fracos sobre a atividade econômica.

De acordo com Fábio Pfaender, analista de mercado da Corretora Liquidez, algumas tesourarias estavam se antecipando até a um corte mais ousado, e aproveitaram a manhã para “devolver parte dessa proteção”.

“Mas o dólar já está em uma trajetória de alta nessa última semana, acho que é a piora do cenário internacional, as bolsas, o petróleo, o Irã”, disse o analista.

Os contratos de petróleo em Nova York operavam com leve alta nesta tarde, a cerca de US$ 65,90 o barril. O avanço dos preços do produto nos últimos dias abateu os mercados em geral.

Pfaender acrescentou que os juros brasileiros em uma trajetória de queda também contribuem para sustentar o dólar em um patamar mais alto. “Apesar de (os juros) estarem elevados, o viés é de baixa e o mercado espera que o governo ainda aperte esse corte nos próximos meses.”

“E junta isso com proximidade de eleições… o mercado começa a desarmar as posições vendidas”, afirmou o analista.

Dados do Banco Central desta manhã mostraram que os bancos estão vendidos em janeiro, até o dia 16, em US$ 4,466 bilhões. Segundo o operador de câmbio de uma corretora nacional, muitas tesourarias correram para reduzir suas posições após a divulgação do número, por cautela.

A atuação dupla do BC também impôs pressão ao câmbio. A autoridade monetária vendeu 8.500 contratos de swap cambial reverso, de uma oferta total de 8.800, em uma operação equivalente a US$ 401,41 milhões.

No leilão de compra de dólares no mercado à vista, o BC aceitou três propostas, com corte a R$ 2,3345.

O BC também informou nesta manhã que adquiriu US$ 21,491 bilhões no mercado em 2005, sendo US$ 4 bilhões só em dezembro.

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