O dólar teve um dia de valorização discreta, mas encerrou a quarta-feira no mesmo patamar da abertura, vendido a R$ 2,146, com variação positiva de 0,09%.
A moeda norte-americana subiu um pouco durante os negócios, assinalando ganho de 0,28% na máxima do pregão, ainda na primeira etapa.
A desaceleração da alta ocorreu após a intervenção diária do Banco Central com a compra de dólares no mercado.
“O dólar continua em tendência de queda… só não está caindo hoje por causa das compras do BC. Houve também um pouco de realização, mas o volume está bem fraco com a chegada do fim do ano”, destacou o operador de derivativos do Rabobank, Flávio Ogoshi.
Por volta de 15h, o BC fez um leilão de compra de dólares no mercado à vista e aceitou ao menos duas propostas, com corte a R$ 2,1478, segundo operadores.
Nem a liquidez estreita destes últimos dias afastou a autoridade monetária de suas compras diárias, feitas entre outros motivos para recompor as reservas internacionais que, na terça-feira, somavam US$ 85,278 bilhões.
Mais cedo, o gerente de câmbio da corretora Souza Barros, Marcos Forgione, já havia sinalizado que a sessão com poucos participantes acaba por fazer com que qualquer atuação tenha maior amplitude. “O BC acaba ficando em evidência”, declarou.
Os investidores também acompanharam o anúncio de dados da economia dos Estados Unidos. O índice do setor manufatureiro do Federal Reserve de Chicago e a venda de novas moradias nos EUA tiveram altas em novembro acima das expectativas.
As divulgações incentivaram mercados globais, que interpretaram os dados como sinais de solidez da economia norte-americana, o que afastaria a chance de corte da taxa de juros pelo Fed no início do próximo ano.
A variação positiva de 0,09% do dia é a mesma acumulada pelo dólar no mês, apesar da alta de 0,28% na semana. No ano, entretanto, a divisa norte-americana acumula perda nominal de 7,7%.