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Dólar fecha em alta a R$1,89

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O dólar acompanhou a intensa volatilidade dos mercados estrangeiros e fechou em alta nesta quarta-feira, apesar da oferta de moeda estrangeira trazida por exportadores. A moeda norte-americana fechou a R$ 1,893 na primeira sessão do mês, com alta de 0,53%.

“Está uma volatilidade ‘boa’ em função do cenário externo, dos problemas com subprime (crédito de alto risco) nos Estados Unidos. Isso está colocando o dólar numa volatilidade tremenda”, disse Francisco Carvalho, gerente de câmbio da corretora Liquidez.

As bolsas de valores em Nova York operaram em queda na maior parte do dia, apesar de registrar momentos de valorização em meio ao constante ziguezague. Os investidores demonstravam preocupação com os problemas do setor de crédito norte-americano.

Entre as notícias negativas, o Bear Sterns, que viu recentemente o colapso de dois de seus fundos de hedge, suspendeu os resgates de um terceiro fundo. Além disso, as ações da construtora Beazer Homes caíam cerca de 20% em meio a rumores, negados pela empresa, de que ela poderia estar perto da falência.

A pressão vinda do exterior ofuscou a tendência de queda do dólar provocada pelo constante fluxo cambial positivo e engrossada nas últimas sessões pelo aumento da atividade dos exportadores. Desde o repique do dólar na semana passada, agentes de mercado têm percebido o maior interesse dos exportadores em realizar o câmbio a uma taxa mais elevada.

“Com o dólar mais alto, até que entra (moeda vindo do comércio exterior). Isso faz parte do jogo”, disse Carvalho.

Em julho, de acordo com dados do Banco Central, o país teve fluxo cambial positivo de US$ 11,588 bilhões. O resultado, ainda que acima da média, é inferior ao recorde de US$ 16,561 bilhões registrado no mês anterior.

As posições vendidas em dólar dos bancos, que indicam uma aposta na queda do dólar, recuaram de US$ 7,278 bilhões no fim de junho para US$ 2,740 bilhões ao final de julho. O resultado manteve a tendência de diminuição vista após medidas do BC para reduzir a exposição das instituições financeiras.

No final desta sessão, a moeda norte-americana ampliou a alta após um leilão de compra de dólares no mercado à vista realizado pelo BC. A autoridade monetária definiu corte a R$ 1,8894 e aceitou, segundo operadores, ao menos sete propostas.

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