O dólar fechou em leve alta nesta quinta-feira, acompanhando a movimentação do mercado externo em uma sessão de volume reduzido de negócios. A moeda norte-americana terminou a R$ 1,806, com alta de 0,22%. Na semana, a valorização acumulada pelo dólar é de 0,5%.
O volume de negócios foi enfraquecido pela proximidade das festas de fim de ano. Na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), as operações com dólar à vista ficaram concentradas em D+1, com liquidação na sexta-feira, já que a negociação em D+2, mais comum no mercado, teria liquidação em plena véspera de Natal.
Com isso, “o mercado acaba se colocando meio de lado”, disse Carlos Alberto Postigo, operador de câmbio da corretora Action. E nos próximos dias, “a exemplo de hoje, o mercado deve continuar com pouca liquidez”.
A fraqueza interna fez o mercado se orientar pelos acontecimentos no exterior. Em parte do dia, as bolsas em Wall Street chegaram a subir amparadas pelas empresas de tecnologia e pela avaliação, após o prejuízo inédito do banco de investimento Bear Stearns, de que o pior da crise de crédito já teria passado.
A divulgação de dados mostrando piora na atividade manufatureira do Meio-Atlântico dos Estados Unidos, porém, fez prevalecer o mau humor entre os investidores. Em meio à queda das ações norte-americanas e à alta do risco Brasil, o dólar encontrou espaço para subir no final da sessão.
Mesmo com a falta de liquidez, o Banco Central realizou um leilão de compra de dólares no mercado à vista, com taxa de corte a R$ 1,8020. Às 17h, o BC inicia pesquisa de demanda por um possível leilão de swap cambial reverso a ser realizado na sexta-feira.
A operação, segundo a autoridade monetária, teria o objetivo de rolar US$ 1,47 bilhão em contratos com vencimento em 2 de janeiro.
Atualizada às 15h24