O dólar fechou em alta nesta quinta-feira, influenciado pela rejeição da CPMF no Senado e pelo mau humor nos mercados externos.
A moeda norte-americana encerrou a sessão com valorização de 0,45%, a R$ 1,782.
O dólar iniciou a sessão desta quinta-feira refletindo a preocupação dos investidores com a reação do governo após a derrubada da CPMF no Senado na madrugada desta quinta-feira.
Analistas disseram que o mercado deve acompanhar de perto os próximos passos para avaliar o tamanho do impacto sobre as contas do governo. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, garantiu que o fim da CPMF não compromete a manutenção do atual superávit primário.
No exterior, o mal-estar era motivado pela incerteza dos investidores em relação à eficácia das medidas anunciadas pelos bancos centrais na véspera. Também causou desconforto a inflação no atacado nos Estados Unidos, que teve em novembro a maior alta em 34 anos.
“As bolsas entenderam a ajuda dos bancos centrais como um sinal de que muitos bancos podem estar com dificuldades” devido ao aperto do crédito global, disse Reinaldo Bonfim, diretor da Pioneer Corretora.
A alta do dólar, porém, foi comedida diante das condições adversas do mercado por conta da contínua entrada de dólares no país. A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), por exemplo, caía mais de 3% à tarde.
Segundo Bonfim, o fluxo positivo tem tido recentemente um papel significativo em segurar valorizações pontuais da moeda norte-americana.
Outros operadores confirmaram que o fluxo de entrada foi decisivo para conter a alta do dólar. “Contra fluxo não há argumento… é ele que dita o ritmo”, disse Rodrigo Nassar, gerente da mesa financeira da Hencorp Commcor Corretora.
No final da sessão, a moeda ainda ampliou levemente a alta após um leilão de compra de dólares feito pelo Banco Central no mercado à vista.
(Atualizada às 16h04)