Remessas de recursos e um cenário externo desfavorável depois das eleições norte-americanas fizeram o dólar subir 0,37% no fechamento da quarta-feira, para R$ 2,146.
O leilão de compra de dólares do Banco Central à tarde também ajudou a acelerar o avanço da moeda. A autoridade monetária aceitou ao menos sete propostas, com corte a R$ 2,146.
As bolsas norte-americanas operavam em baixa nesta quarta-feira, depois que os democratas obtiveram o controle da Câmara dos Estados Unidos nas eleições, e podem ser maioria no Senado também.
Segundo relatório da consultoria econômica Uptrend, “a vitória democrata abre espaço para dois anos difíceis da administração Bush e o fim de oito anos de mandato republicano”.
A preocupação dos investidores é que o impasse político possa complicar a aprovação de reformas e atrapalhar o clima de negócios.
A notícia de que o secretário de Defesa dos EUA, Donald Rumsfeld, renunciou ao cargo deu algum alento ao mercado no fim da tarde e fez as bolsas em Wall Street reduzirem as perdas e o dólar amenizar a queda sobre outras moedas.
O diretor de câmbio da corretora Novação, Mário Battistel, lembrou ainda que no fim do ano o volume de remessas de recursos aumenta, já que muitas empresas compram dólares para remeter lucros para as matrizes no exterior.
Mas ele citou a presença de exportadores na ponta de venda da moeda, ajudando a segurar a valorização do dólar.