O dólar comercial teve forte alta nesta terça-feira (5) e fechou o pregão vendido a R$ 3,81, com alta de 1,78%. É o maior valor em 27 meses, quando a moeda norte-americana alcançou o valor de R$ 3,88, no dia 2 de março de 2016.
Mais cedo, o Banco Central anunciou dois leilões extras de contratos de swap cambial, equivalentes à venda de dólares no mercado futuro, e conseguiu baixar a cotação da moeda para R$ 3,76, por volta das 13h, mas logo o dólar voltou a subir e fechou praticamente na máxima do dia.
As casas de câmbio já refletiam a alta no fim do dia. O dólar turismo, usado para quem vai fazer uma viagem internacional, estava sendo vendido a R$ 3,98 em São Paulo, após o fim do pregão, já incluindo as taxas de compra. Na versão cartão pré-pago, incluindo taxas, a moeda norte-americana estava sendo cotada a R$ 4,18.
A alta de hoje foi influenciada pelas expectativas eleitorais de outubro, quando o Brasil escolherá o próximo presidente da República, além de elementos externos, especialmente a melhoria de dados econômicos dos Estados Unidos, o que aumenta a expectativa de elevação dos juros básicos da economia norte-americana nos próximos meses. Para economistas ouvidos pela Agência Brasil, essa combinação de fatores explica a volatilidade recente do dólar em relação ao real.
O índice da Bolsa de Valores de São Paulo, o Ibovespa, fechou dia com queda de 2,49%, a 76.641 pontos. As ações preferenciais da Eletrobras registraram as maiores perdas, com queda de 8,1%, após decisão da Justiça do Trabalho do Rio de Janeiro que suspendeu o processo de privatização da empresa e de suas subsidiárias.
Ações do Bradesco e do Itaú Unibanco também recuaram. Os papeis da Petrobras tiveram queda de 5,3% nas ações preferenciais (que dão direito a lucros e dividendos) em meio às discussões sobre eventuais mudanças na política de preços da companhia. As ações iniciaram ontem a semana em alta, com valorização de 8,87% nas ações preferenciais.