As atuações do Banco Central fizeram o dólar subir 0,63% hoje e fechar a R$ 2,221.
Dos 12,4 mil contratos ofertados hoje pela autoridade monetária, 77,4% foram vendidos, o equivalente a US$ 480 milhões.
Foi o quarto leilão de “swap cambial reverso” realizado pela autoridade monetária na semana. Esta operação tem o efeito de uma compra de dólares no mercado futuro e os investidores ganham com a diferença entre a variação cambial e os juros pagos pela instituição.
Antes do leilão, a divisa norte-americana chegou a subir 0,90%, atingindo R$ 2,227.
No meio da tarde, o BC atuou também no câmbio à vista. Segundo analistas, a instituição aceitou 19 propostas para compra e pagou no máximo R$ 2,215 por dólar.
Apesar da alta de hoje, analistas avaliam que a tendência de queda do dólar permanece, por conta do forte fluxo de recursos estrangeiros em direção ao país.
Para profissionais do mercado, o dólar pode reverter a tendência de queda somente a partir de um corte mais acentuado dos juros básicos, atualmente em 18,5% ao ano.
Outro fator que contribui com a queda do dólar é o recuo do risco-país brasileiro. O indicador é uma espécie de termômetro da confiança dos estrangeiros na capacidade de o Brasil honrar suas dívidas. Quando ele cai, sinaliza que a confiança está em alta.
No final da tarde, o risco Brasil apontava queda de 3,2%, para 229 pontos básicos. Se fechar neste patamar, será o menor nível da história do índice, que é calculado desde 1994.
O menor patamar do risco-país brasileiro em um fechamento é de 22 de outubro de 1997, quando encerrou os negócios a 337 pontos.
Entretanto, o indicador pode oscilar ainda até o início da noite e reduzir o ritmo de queda.