O dólar terminou a semana em queda, depois de dados de inflação nos Estados Unidos alimentarem a visão de que não haverá mudanças nos juros do país na próxima semana.
A divisa norte-americana fechou a sessão da sexta-feira com desvalorização de 0,51 por cento, vendida a 2,153 reais. Na semana, o declínio acumulado foi de 0,28 por cento.
“Veio tudo dentro do esperado e o pessoal ficou mais tranqüilo, achando que semana que vem não deveremos ter novidades (no juro)”, disse Júlio César Vogeler, operador de câmbio da corretora Didier Levy, referindo-se a dados divulgados nos EUA.
Os preços ao consumidor dos EUA subiram 0,2 por cento em agosto, mesma variação registrada pelo núcleo. O dado ficou em linha com o esperado e impulsionou as bolsas de valores norte-americanas.
O rendimento dos Treasuries chegou a cair pela manhã, mas o rali perdeu força à tarde e os títulos inverteram o movimento.
O mercado também ficou animado com a melhora na confiança do consumidor norte-americano. Os dados vieram às vésperas da reunião do comitê de política monetária do Federal Reserve, que acontece na quarta-feira.
Internamente, o fluxo positivo ajudou a acentuar a curva de declínio do dólar, mesmo com o Banco Central reforçando a compra da divisa.
No leilão de compra de dólares, o BC aceitou nove propostas, com corte a 2,1551 reais. Nas operações dos últimos dias, o número de propostas aceitas foi menor.
Segundo o gerente de câmbio de um banco nacional, que não quis ser identificado, muitas tesourarias haviam aproveitado para vender dólares diante da atuação mais fraca da autoridade monetária.