O dólar comercial voltou a cair nesta sexta-feira. A moeda norte-americana registrou recuo de 1,55%, cotada a R$ 1,897 para venda. Apesar da queda, o dólar acumulou alta de 2,15% na semana, que foi marcada pela forte volatilidade das praças mundiais, influenciadas pelo temor com o setor de crédito imobiliário do tipo “subprime” (alto risco). Ontem, a moeda subiu 3,26%, vendida a R$ 1,927.
O Banco Central entrou no mercado no final do pregão e comprou moeda a R$ 1,904 (taxa de corte). Nas casas de câmbio paulistas, o dólar turismo foi cotado a R$ 2,01 (venda), em baixa de 0,49%.
A taxa de risco-país, medida pelo indicador Embi+ (JP Morgan), marcou os 212 pontos às 16h18, com recuo de 2,75%. O indicador, considerado uma das principais referências sobre a confiança dos investidores na economia brasileira, opera no nível mais alto desde o fim do ano passado.
Hoje, o dólar também registrou volatilidade. A moeda chegou a operar em R$ 1,943, minutos antes do anúncio do PIB (Produto Interno Bruto) norte-americano, que cresceu 3,4% no segundo trimestre. O valor é quase cinco vezes superior ao verificado no primeiro trimestre, de 0,7%.
Após isso, as Bolsas apresentaram uma sensível melhora, desvalorizando a moeda frente ao real. “O mercado de câmbio seguiu o movimento externo. O dólar abriu em alta com as preocupações sobre o setor imobiliário, mas o anúncio do PIB dos Estados Unidos aliviou as quedas nas Bolsas e inverteu essa tendência”, explica Ideaki Iha, analista de câmbio da corretora Fair.
O analista acredita que os mercados continuarão voláteis até que se dissipem as preocupações com o setor imobiliário americano. “Ainda não sabemos o tamanho do problema. De qualquer maneira, hoje, o país está muito mais preparado para uma turbulência e pode enfrentá-la de forma mais tranqüila”, afirma Iha.
A menos de uma hora para o fechamento, a Bovespa opera em alta de 0,14%, aos 53.969 pontos, depois de mudar de rumo diversas vezes ao longo do dia.