A crescente globalização da economia exige um esforço constante em matéria de criação de novos produtos ou serviços. A inovação empresarial é hoje um elemento chave no desenvolvimento e constitui fator importante no aumento da produtividade e da competitividade da empresa. De olho nesse cenário, a secretária de Estado de Ciência e Tecnologia Áurea Regina Ignácio, retomou, ontem à tarde, os debates em torno da criação de um edital, que una instituições de ensino superior de Mato Grosso a empresários em busca de soluções ou inovações de seus produtos.
O objetivo primordial do edital, em elaboração e previsto para ser lançado em 2013, é fazer com que os pesquisadores do Estado – mestres e doutores instalados nas universidades públicas – busquem saídas tecnológicas e inovadoras aos problemas enfrentados pela indústria de Mato Grosso. “O empresário que quer inovar o seu produto ou que enfrenta um problema que só será solucionado com a criação de uma peça nova, por exemplo, pode muito bem aproveitar o conhecimento científico gerado nas nossas universidades para resolver isso”, explica a titular da Secretaria Estadual de Ciência e Tecnologia (Secitec).
A proposta é englobar no edital o Governo do Estado, através da Secitec, a Federação das Indústrias no Estado de Mato Grosso (Fiemt), a Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat), o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai-MT), a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Mato Grosso (Fapemat) e os empresários da Indústria de Mato Grosso. Inicialmente, o edital tem a previsão de ofertar R$ 2 milhões para financiar projetos de pesquisa dentro das universidades, cujos estudos e resultados sejam diretamente aplicados para atender a demanda da indústria mato-grossense.
No encontro, na sede do Senai-MT, foi discutida qual a participação das entidades durante o processo de execução do edital. “Mato Grosso possui professores capacitados para converter conhecimento em riqueza. Precisamos fazer com que o campo acadêmico realize estudos e pesquisas que tornem a Indústria do Estado mais competitiva no mercado nacional e internacional”, explica Áurea Ignácio.
O próximo passo para a concretização do edital será a elaboração de um documento que delimite a participação das entidades. Em seguida, será a vez da secretária da Secitec buscar o apoio do CNPq, através do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), para a destinação de recursos federais para a execução do edital.