As dificuldades em obter recursos e as altas tecnologias necessárias nas lavouras, também podem afetar o plantio do algodão no município de Sorriso. De acordo com a Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer), alguns produtores podem deixar de plantar na próxima safra.
“O primeiro problema é que o produtor está descapitalizado e enfrenta problemas para conseguir recursos. Em segundo estão os investimentos em menos tecnologia e conseqüentemente teremos uma área menor”, explicou o extensionista rural e geógrafo José dos Reis.
A redução da área destinada para o plantio de soja, que deve chegar a 15%, segundo estimativa do Sindicato Rural, não deve alterar esse cenário. Ao que tudo indica apenas uma pequena parte deve dar lugar para outras culturas. Mas, conforme o extensionista rural, devem ter preferência o milho e o arroz.
Na safra passada Sorriso teve uma área de, aproximadante, 8.500 hectares destinados para a cultura, sendo a menor parte, 1.200, para o algodão sequeiro, que teve uma produtividade média de 3.750 kg por hectare; 2.100 hectares para o irrigado, com rendimento de 4.200 kg por hectare; e 5.200 hectares para o safrinha, obtendo 3.750 kg por hectare.
Reis destacou que o plantio na safrinha tem menor risco e custos para o produtor. “Em um ano normal passa a ser uma boa opção de plantio”, enfatizou. O período para o plantio das variedades é entre os meses de fevereiro e março.