Devolução de cheques por falta de fundos cai em Mato Grosso e registra o menor índice desde 2014. A taxa recuou 0,34 ponto percentual em junho e atingiu 2,15% do total de documentos compensados no período. O número é menor que o registrado em maio (2,49%) e em junho do ano passado (2,82%).
O percentual também é o menor desde setembro de 2004, quando chegou a 1,96%. As informações são do Indicador Serasa Experian de Cheques Sem Fundos. O percentual de Mato Grosso ficou bem próximo ao nacional, que fechou o mês com o índice de 2,13% em relação ao total de cheques compensados. Em junho, a taxa de cheques devolvidos no país, em relação aos compensados, foi de 1,86%. O número é menor que os 2,15% registrados em maio e menor que o de 1 ano antes, em junho de 2016, quando o índice chegou a 2,36%.
Segundo os economistas da Serasa Experian, a queda da inflação, das taxas de juros e a entrada dos recursos do FGTS na economia são elementos que contribuíram para a redução da inadimplência com cheques. Em junho foram compensados 754,88 mil cheques no Estado. Deste total foram devolvidos 16,229 mil. A quantia é menor do que a registrada em maio, quando foram compensados 821,302 mil unidades, com a devolução de 20,445 mil.
Por outro lado, a utilização de cheques vem reduzindo ao longo dos últimos anos. Segundo Luiz Pereira, proprietário da uma loja de roupas de Várzea Grande, o cartão é a forma de pagamento mais utilizada pelos consumidores no estabelecimento. “Neste momento, o mais utilizado tem sido o cartão de débito. Até pouco tempo era o cartão de crédito, mas com a inadimplência o consumidor está sem crédito e o uso reduziu”. O lojista aponta que o cheque gera muitos problemas, por isso é pouco aceito. “O consumidor pode emitir sem desbloquear ou sustar por falta de dinheiro e deixar de Em junho foram compensados 754,88 mil documentos no Estado pagar. Não é seguro”.