quarta-feira, 18/setembro/2024
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Desmatamento é resultado da falta de gestão em MT, aponta comissão

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O presidente do Sistema Federação das Indústrias no Estado de Mato Grosso (Sistema Fiemt), Mauro Mendes, recebeu hoje, o relatório da Comissão Parlamentar de Inquérito da Secretaria de Meio Ambiente (CPI da Sema), que foi entregue pelos deputados estaduais José Riva (PP) – presidente da comissão – e Carlos Avalone (PSDB). Na ocasião, as autoridades explanaram sobre as notícias veiculadas na imprensa que apontam Mato Grosso como o Estado brasileiro com os dados mais alarmantes de desmatamento.

Para o primeiro secretário da Assembléia Legislativa (AL), José Riva, o setor de base florestal não é o responsável pelo desmatamento de Mato Grosso e não pode ser considerado o ‘vilão’ do meio ambiente, pois o grande gargalo do setor está atrelado à falta de organização dentro da Sema. “Com a CPI detectamos que o problema maior encontra-se no próprio Estado, que precisa agir para corrigir diversas deficiências”, afirmou o deputado.

Para Mendes, Mato Grosso foi omisso durante muitos anos na questão ambiental, e agora deve lutar para fazer uma nova história no Estado. “A CPI não pára por aqui, pois continuaremos indo à briga, com força. Temos que nos colocar positivamente perante todo o mundo e fazer um futuro ambiental diferente”.

De acordo com o deputado estadual Carlos Avalone (PSDB), a Sema contesta os números divulgados, contudo, não apresenta a sistemática de acompanhamento do desmatamento nos anos de 2005 e 2006. “A Sema não fez a lição de casa, com isso o Estado vai a reboque”, afirmou Avalone.

Durante 180 dias, a Comissão Parlamentar de Inquérito, instaurada para apurar denúncias de irregularidades no setor ambiental do Estado e nas ações da Sema, trabalhou com o intuito de fazer levantamentos quanto à estrutura física, quadro de funcionários e trâmites processuais internos. A comissão ouviu 37 depoimentos (entre eles o do presidente da Fiemt), realizou 28 sessões e analisou 11 processos da Operação Guilhotina, que foram denunciados na comissão.

O relatório final, contendo 424 páginas, apresentou 85 recomendações para melhorar o andamento dos processos e ações da Sema, principalmente na questão da agilidade na liberação dos projetos de manejo. Na segunda-feira, os parlamentares entregarão o relatório ao governador Blairo Maggi, e durante a semana, aos órgãos ligados ao setor ambiental de Mato Grosso, como o Ministério Público Estadual, Conselho Regional de Engenharia (CREA) e a Associação de Engenheiros Florestais.

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