O desemprego no Brasil caiu em junho em relação a maio, mas a renda média de quem está trabalhando também recuou, segundo pesquisa divulgada nesta quinta-feira pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
A taxa de desemprego nacional ficou em 9,7% da população economicamente ativa (PEA) em junho, abaixo dos 10,1% apurados em maio. “Foi o primeiro recuo do indicador neste ano, após três meses de estabilidade em 10,1%”, destacou o IBGE em nota. Em junho de 2006, o nível de desocupação foi de 10,4%
Renda
O rendimento médio real habitualmente recebido pelas pessoas ocupadas correspondeu a R$ 1.119,20 em junho, inferior em 0,5% no confronto com o mês anterior. Ante junho do ano passado, porém, houve elevação de 2,7%, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
“Em relação a maio, houve recuperação do rendimento real médio nas regiões metropolitanas do Rio de Janeiro (1,8%) e Porto Alegre (0,6%); declínio em Salvador (4,9%) e São Paulo (1,8%); e estabilidade em Recife e Belo Horizonte”, observou o IBGE.
Nessa base de comparação, o rendimento real médio melhorou em Salvador (7,3%), Belo Horizonte (2,3%), Rio de Janeiro (8,8%) e Porto Alegre (6,5%). Já em Recife e São Paulo, viu-se decréscimo, de 4,1% e 1%, respectivamente.
Informais têm aumento
Na passagem do quinto para o sexto mês deste calendário, o rendimento médio dos trabalhadores com carteira de trabalho assinada no setor privado foi de R$ 1.077,50, com redução de 2,7%. Contudo, os empregados sem carteira de trabalho assinada no setor privado tiveram aumento de 2,6%, para R$ 768,5. Os trabalhadores por conta própria ficaram com rendimento 3,4% superior, de R$ 949,80.
Frente a junho de 2006, houve redução de 2,1% no rendimento dos trabalhadores com carteira assinada. Os trabalhadores sem carteira ficaram com renda 9,4% maior e os trabalhadores por conta própria verificaram acréscimo de 10,1%.