A deputada Luciane Bezerra (PSB) e lideranças do setor madeireiro se reuniram com o secretário de Fazenda do Estado, Edmilson Almeida, para solicitar a redução da pauta de preços mínimos da madeira no estado. Segundo a deputada, o setor madeireiro tem perdido competitividade no mercado estadual e nacional por que os valores de preços mínimos são muito altos se comparados aos praticados em estados que também concentram grande produção de madeira, como Rondônia e Pará.
"Se um tipo de madeira aqui custa R$ 600 nos outros estados custa R$ 400. Nós temos a legislação mais severa de todos, cumprimos a risca, no entanto não conseguimos crescer", afirmou Luciane.
O diretor executivo do Centro das Indústrias de Produtoras e Exportadoras de Madeira de Mato Grosso (Cipem), Álvaro Leite, argumentou ainda que Mato Grosso é o único que paga taxas como o Fethab e alíquota de classificação de madeira. "Precisamos que o Estado estabeleça uma classificação geral das espécies de madeira, pois isso burocratiza a venda e o tráfego do produto", revelou.
Leite informou ainda que mais de 90% da madeira comercializada dentro e fora do estado é resultado de projetos de manejo. "Contamos com a ajuda da deputada nesta alteração da pauta pedida à Sefaz e sabemos que temos agora um representante desta classe produtiva na Assembleia", disse.
Para Luciane a classificação de madeira em Mato Grosso tem que ser modificada. De acordo com a parlamentar muitos produtores, a maioria de Juara, chegam a perder negócios por que a madeira vendida pelos estados vizinhos é até 40% mais barata que a do Mato Grosso.
"Vamos buscar um entendimento com o governo por meio da Sefaz e do Indea, e vamos insistir na redução da pauta e na extinção da classificação da madeira", defendeu. Participou da reunião ainda o presidente da Associação de Produtores de Juara Voniclei Gasparin.