A Superintendência de Defesa do Consumidor (Procon-MT) registrou 13.714 reclamações em 2008, um crescimento de 32% em relação a 2007, onde 10.343 consumidores reclamaram contra os fornecedores do estado. Além das reclamações 24.507 orientações foram repassadas aos consumidores que vieram ao órgão para esclarecer alguma dúvida. Paralelamente, outras 24.934 pessoas receberam, por telefone, informações sobre a legislação consumerista. No total, o Procon Estadual registrou 63.154 atendimentos no ano passado.
O setor de Serviços Essenciais foi mais vez o campeão de reclamações com 4.405 ou 32,12% dos registros no Procon-MT. O destaque foi a telefonia fixa (2.911), seguida pela telefonia móvel (2.461), a Energia Elétrica (1.014) e a Água/Esgoto (583). As cobranças indevidas foram os motivos de maior questionamento pelos consumidores.
Bancos (2.363) e Cartões de Crédito (1.717) foram responsáveis pelo crescimento das reclamações do setor de Assuntos Financeiros, que passou a ocupar o segundo lugar no ranking com 4.142 ou 30,20% dos registros no Procon-MT. Um crescimento de quase 100% em relação a 2007, onde o setor alcançou 2.116 reclamações.
O setor de Produtos ficou em terceira posição no ranking de reclamações do Procon Estadual com ou 3.437 ou 25,06% queixas. O aparelho de telefone continua como líder do setor (1.685). A maioria das reclamações é referente a garantia do produto (849) e a entrega de produtos com danos/defeitos (439). As reclamações contra móveis para quarto, sala, banheiro e cozinha, que somados, atingiram 1.005 registros. A principal causa das reclamações está relacionada à entrega de produtos com danos/defeitos (257).
Em quarto lugar do ranking permaneceu o setor de Assuntos Privados com 1.128 (8,23%) das reclamações. Os serviços mais reclamados foram os estabelecimentos de ensino (362), os Serviços de Informática, como os provedores de acesso (340) e as TVs por Assinatura (181).
Com 270 registros, cerca de 1,97%, o setor de Saúde ocupou o quinto lugar dos setores mais reclamados no Procon-MT. Os Planos de Saúde (216) lideraram as queixas, pelo não cumprimento à oferta (39) e os problemas com os contratos, como a negativa cobertura, abrangência e reembolso (35).
O sexto colocado do ranking foi o setor de Habitação com 22 registros, o equivalente a 0,16%. Já a sétima, e última posição, ficou com os fornecedores de alimentos, que teve apenas 10 registros contra as empresas do segmento.
Com 51,29% das reclamações, são os homens quem mais procuram o Procon para registrar uma reclamação. No entanto, a diferença em relação às mulheres é pequena, apenas 2,58%, já que 48,71% das queixas registradas no órgão são feitas por elas.
A faixa etária que mais busca seus direitos de consumidor está entre os 31 e 40 anos (27,35%). Os dados são fornecidos pelo Sistema Nacional de Informações de Defesa do Consumidor (Sindec), o qual interliga o Procon-MT com o Ministério da Justiça em Brasília (DF).