O Ministério da Agricultura aprovou o zoneamento agrícola para a cultura de arroz sequeiro na safra 2010/11. A medida tem como objetivo identificar os municípios aptos e os períodos de plantio. Mato Grosso cultivou, na safra 2009/10, uma área de 246,9 mil hectares com uma produção de 742,7 mil toneladas, conforme dados do levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB), de maio de 2010.
Conforme o Mapa, a orizicultura pode ser explorada em terrenos cujos solos encaixam-se na classificação “tipos 1, 2 e 3”, observadas as especificações e recomendações contidas na Instrução Normativa nº 2, de 9 de outubro de 2008. Por outro lado, não são indicadas para o cultivo as áreas de preservação obrigatória, de acordo com a Lei 4.771/65 (Código Florestal) e alterações; áreas com solos que apresentam profundidade inferior a 50 centímetros ou com solos muito pedregosos, isto é, solos nos quais calhaus e matacões ocupem mais de 15% da massa e/ou da superfície do terreno.
O zoneamento esclarece ainda que os principais elementos climáticos que influenciam a cultura do arroz são a temperatura do ar, o fotoperíodo e a precipitação pluvial. A temperatura do ar influencia o crescimento, o desenvolvimento e a produtividade da cultura e seu impacto varia conforme a fase fenológica. As faixas de temperatura ótima variam de 20ºC a 35ºC, sendo de 30ºC a 33ºC para a floração e de 20ºC a 25ºC para maturação. As fases mais sensíveis quanto à temperatura são as de pré-floração e floração.
O fotoperíodo, de um modo geral, não é um fator limitante nas principais regiões produtoras do país e nas épocas tradicionais de cultivo. A produção do arroz em regime de sequeiro é dependente do regime pluvial, uma vez que ocorrência de estresses hídricos durante o ciclo e, em especial, no estádio de florescimento/enchimento dos grãos, pode comprometer grandemente a produtividade da cultura. As identificações do Mapa foram realizadas a partir de análises térmicas e hídricas.
Outros Estados
Conforme o ministério, para o plantio do arroz de sequeiro (sem irrigação) as normas envolvem Paraná, Acre, Rondônia, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Maranhão, Mato Grosso, Tocantins e São Paulo. Os critérios para o grão irrigado incluem Santa Catarina e São Paulo.