A Defesa Civil de Mato Grosso vem realizando desde 2005, um mapeamento das empresas e segmentos de produtos químicos perigosos. Dentre deste nicho estão as indústrias químicas, TRR’s, revendedores de combustíveis, distribuidoras, transportadoras, usinas e demais segmentos. Este mapeamento faz parte do Programa de Prevenção, Preparação e Resposta Rápida a Acidentes envolvendo Produtos Químicos Perigosos – P2R2, do Ministério do Meio Ambiente.
Este foi instituído desde 2004 em todo o território nacional. Segundo o coordenador de Atendimento a Acidentes Ambientais da Defesa Civil, João Carlos Rocha, Mato Grosso foi o primeiro estado a receber este programa devido a malha viária. Ele afirma que desde 2005 o órgão vem desenvolvendo essa pesquisa.
Segundo Rocha, o governo federal quer identificar as características e mapear as áreas de risco com produtos químicos em todos os Estados. Essa demanda surgiu devido a grandes acidentes ocorridos com produtos de alta periculosidade, com potencial de combustão e que representa impacto ambiental.
Em Mato Grosso, foram visitados 57 municípios totalizando 1.524 empresas. O trabalho está sendo desenvolvido com o apoio do Corpo de Bombeiros e a Polícia Militar. Este trabalho deve se estender até o ano que vem. Na capital o mapeamento deverá acontecer no final do mês de março em postos de combustível, distribuidoras, usinas, empresas de transportes químicos, entre outros. “Este mapeamento não tem o objetivo de multar ou advertir os estabelecimentos, e sim, detectar o grau de periculosidade que cada um apresenta”, alertou Rocha.
Nos três primeiros meses deste ano, a Defesa Civil registrou cinco acidentes envolvendo produtos químicos. Dois foram com agrotóxico e três com derivados de petróleo nas rodovias estaduais. Por meio das parcerias o órgão tem conseguido realizar boas ações. “Uma das entidades que tem nos respaldado é o Sindipetróleo, por ser um segmento de combustível e de maior representação de perigo”, disse o coordenador.
O presidente do Sindipetróleo, Fernando Chaparro, vê este mapeamento como positivo. Ele acredita que este levantamento seja muito importante e que, a “Defesa Civil sirva também, de instrumento orientativo de prevenção a acidentes”.