O Custo Unitário Básico da Construção Civil em Mato Grosso (CUB/m2) ficou mais barato em dezembro de 2008 na comparação com o mesmo mês do ano anterior. O índice calculado pelo Sindicato da Indústria da Construção no Estado (Sinduscon) ficou em 1,10% no último mês de 2008. Em 2007, esse percentual tinha sido de 1,13%, ou, três pontos percentuais a mais. Segundo o presidente do Sinduscon, Luiz Carlos Richter, um dos motivos que contribuíram para a queda no CUB em dezembro foi a falta de mão-de-obra qualificada para executar as obras, porque aumento da demanda de trabalho houve.
Ainda de acordo com a entidade, apesar do CUB ter ficado menor em dezembro, o metro quadrado da construção civil passou a custar R$ 720,35, valor 1,09% maior que o registrado em novembro de 2008, de R$ 712,52. Esses valores têm como base o projeto padrão (R8-N), que define uma residência multifamiliar de padrão normal de acabamento. Por essa base, os materiais que mais contribuíram para a elevação de custos foram o disjuntor tripolar 70 A, com alta de 6,24%, os blocos cerâmicos em 6,06%, e os acabamentos, como por exemplo, fechaduras 5,77%, porta de madeira 5,40% e vidro transparente 4,76%.
Mas a maior alta de preço registrada em todo o Estado no mês de dezembro se refere aos custos com despesas administrativas, como engenheiros, cujo aumento foi de 9%. Esse mesmo índice havia sido bem maior em novembro, quando chegou a 16,05%. De acordo com a engenheira civil e técnica do Sinduscon, Sheila Mesquita, a diferença do CUB de dezembro de 2008, em relação ao mesmo período de 2007, ou até mesmo com o mês de novembro do ano passado, não é pequena. Responsável pelo CUB em Mato Grosso, ela explica que itens como o cimento e o aço têm sofrido reajustes constantes, agravados pelos reflexos da crise internacional. “É preciso que fiquemos atentos às variações, já que a cesta básica dos insumos, das despesas administrativas e também dos equipamentos, tende a se elevar com a continuidade da crise”.
Conforme o Sinduscon, o Custo Unitário Básico em Mato Grosso segue as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), e por isso, não analisa apenas as construções de padrões normais, mas também residências unifamiliares e multifamiliares de padrões alto, normal, baixo e popular, além de prédios, edifícios comerciais e galpões industriais.