O governador Silval Barbosa recebeu, esta manhã, em seu gabinete no Palácio Paiaguás, uma comissão de representantes de entidades empresariais e da Assembleia Legislativa que apresentou ao chefe do poder Executivo um pedido de compensação às empresas que estão alegando perdas de faturamento em função das obras de mobilidade urbana, especificamente na avenida Miguel Sutil.
O governo, segundo o secretário de Estado de Fazenda, Marcel de Souza Cursi, ouviu a demanda dos representantes das entidades empresariais e ficou definida a criação de uma comissão para mapear com clareza os setores e avaliar as situações nas quais os empresários estejam realmente tendo prejuízos. "Nas situações em que estiverem ocorrendo prejuízos o governo vai estudar o que pode ser feito".
Cursi lembrou que as obras, se em um primeiro momento aparentam um prejuízo para alguns setores, pelo volume de recursos que estão sendo investidos, dentro da dinâmica da economia, estão ativando outros segmentos econômicos e isso precisa ser colocado com clareza para toda população.
O presidente do Sindipetróleo, Aldo Locatelli, ao final da reunião, mostrou-se realista, reconhecendo que "não se pode fazer uma omelete sem quebrar os ovos", e ao mesmo tempo satisfeito com os esclarecimentos feitos pela Secopa.
O secretário adjunto de Infraestrutura, Marcelo de Oliveira e Silva, esclareceu aos representantes que, com o término das obras de interferência – mudanças de rede de esgoto, de adutoras da rede de distribuição de água e de telefone – as obras de mobilidade – principalmente as trincheiras – vão ganhar um ritmo maior e, com certeza, as mesmas vão terminar dentro, ou mesmo antes, do prazo estipulado.
O presidente do CDL, Paulo Gasparoto, disse que a comissão, que irá estudar alternativas que possam minimizar as despesas que essas empresas possam estar tendo, será formada por representantes da Secopa, do CDL e Sindipetróleo. A comissão terá um caráter permanente, tendo em vistas também as obras de VLT.