Cuiabá está entre as 50 melhores cidades do país para se investir na carreira. O ranking divulgado na revista VOCÊ S/A da edição de 8 de julho aponta a capital de Mato Grosso na 43ª colocação nacional. Na comparação com as demais capitais da região Centro-Oeste, a cidade mato-grossense ocupa o 3º lugar, ficando atrás de Brasília, que no ranking geral alcançou a 11º lugar, e de Goiânia, que ocupa a 18ª posição. Rondonópolis é outro município do Estado que se destacou na lista dos 100 Melhores Cidades para fazer carreira, ficando na 95ª colocação. Conforme a revista, o favorável desempenho de Cuiabá se deve ao investimentos registrados nos últimos 3 anos.
A Capital recebeu 33 empresas atraídas pelo programa de incentivos fiscais do município. Esses empreendimentos foram responsáveis pela geração de 2,219 mil postos de trabalho. A instalação da fábrica de tecidos da Vicunha, por exemplo, cuja vinda foi formalizada em março deste ano, gera ainda muita expectativa quanto a criação de novos empregos. Somente com esta empresa, que já está sendo considerada uma das maiores do mundo, serão gerados, aproximadamente 2 mil empregos com carteira assinada, além de outros 6 mil indiretos. É fato que a fábrica visa aproveitar a condição de Mato Grosso como o maior centro de produção de algodão do país – somando 613 mil toneladas de pluma, de acordo com o último levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
E é justamente o agronegócio que fez a cidade cuiabana se destacar entre as melhores do país, na opinião do economista, Antônio Humberto de Oliveira. Apesar disso, ele destaca que no município falta a instigação do empreendedorismo como forma de fomentar carreiras que surgem fora da pecuária e da agricultura. Ele aponta que a vinda das empresas não indica, necessariamente, novos trabalhos para a população que vive no local. Isso porque as empresas, muitas vezes, já vêm com o seu quadro de funcionários montado.
Entre os dados que confirma a ascensão do município é o desempenho da balança comercial. As exportações cuiabanas, entre janeiro a junho deste ano foram 10,94% superiores ao resultado obtido no mesmo período de 2009. Os embarques aumentaram de US$ 255 milhões para US$ 283 milhões. As importações também aumentaram de US$ 27 milhões para US$ 43 milhões em 2010, conforme dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic).