A Federação das Indústrias no Estado de Mato Grosso divulgou pesquisa indicando que a queda de confiança da indústria teve foi recorde atingindo 39,6 pontos por conta dos efeitos negativos do Coronavírus na economia. Antes da crise a confiança dos industriais era de 68 pontos. A pesquisa, concluída semana passada, apresenta a maior retração do indicador em relação ao mês anterior de toda a série histórica, iniciada em 2012. Esse resultado só não é mais baixo do que os registrados durante a crise econômica de 2015 e 2016. A falta de confiança atingiu todo o setor. As indústrias da construção marcaram 30,8 pontos com registro de retração de 34,2 pontos.
A pesquisa foi feita entre 1º e 14 de abril com donos e sócios de 94 indústrias de grande, médio e pequeno portes em várias regiões do Estado.
As indústrias extrativas e de transformação registraram 41,6 pontos – queda de 21,5 pontos em comparação ao mês anterior. De acordo com o levantamento, as medidas adotadas no combate ao coronavírus tiveram como consequência a diminuição da demanda e maior dificuldade na aquisição de insumos, capital de giro e interrupção de investimentos.
“A crise já impactou profundamente o setor produtivo do Estado. É necessário retomar a atividade industrial, com a garantia de um ambiente de trabalho seguro, e temos atuado para isso. Em contrapartida, para amenizar os efeitos destes impactos, são necessárias medidas para garantir a sobrevida dessas empresas, principalmente das micro e pequenas. E essas ações devem ser o mais célere possível para evitar um agravamento também da crise social e econômica”, avalia o presidente da Fiemt, Gustavo de Oliveira.
Em todos os portes, a queda da atividade industrial neste mês ultrapassou os 20 pontos. A indústria de pequeno porte caiu 24,1 pontos em abril ao registrar 41,8 pontos. As médias e grandes atingiram 38,6 pontos, retração de 23,9 pontos em comparação a março.
O Índice de Condições Atuais da indústria mato-grossense, em relação aos últimos seis meses, caiu de 56,6 para 38,3 pontos. Para os próximos seis meses, as expectativas dos empresários industriais no estado caíram 26,8 pontos em relação a março ao alcançar 40,2 pontos, concluiu a federação.