Dados da Agência Nacional do Petróleo (ANP) apontam que houve melhora na qualidade e também aumento recorde no consumo de combustíveis em Mato Grosso. De janeiro a novembro do ano passado, em comparação com 2011, houve aumento nas vendas de 5,6% para o etanol, 24,9% para a gasolina e de 16,8% para o óleo diesel, totalizando 330 milhões, 540 milhões e 2,3 bilhões de litros respectivamente.
Comparando com a média brasileira, neste período, no Estado, o etanol apresentou queda de 10,8%, enquanto a gasolina cresceu 12,5%. Já o consumo brasileiro de óleo diesel aumentou 7,1%, o que faz com que Mato Grosso se posicionasse com um excelente resultado, crescendo, no mínimo, duas vezes mais que a média nacional em todos os produtos.
Os resultados obtidos por Mato Grosso no Programa de Monitoramento da Qualidade dos Combustíveis (PMQC), mantido pela ANP, melhorou. Observando setembro, outubro e novembro, o número de amostras não conformes com as especificações reduziu.
De 195 amostras de gasolina coletadas no Estado em setembro, 2,6% apresentaram-se não conformes. Em outubro, quando também foram colhidas 195 amostras, apenas 2,1% encontraram-se com problemas. Em novembro, quando 180 amostras foram coletadas, somente 1,1% continha alguma característica fora da especificação.
A melhora da qualidade pode ser vista no óleo diesel. Em setembro, de 195 amostras coletadas do produto, 10,8% foram encontradas com alguma não conformidade. Em outubro foram 5,6% e em novembro, quando foram obtidas 180 amostras, 5% apresentaram-se como não conformes.
O diretor-executivo do Sindipetróleo (sindicato que representa os revendedores de combustíveis de Mato Grosso), Nelson Soares, explica que há grande diferença entre adulteração e não conformidade. "A legislação penaliza a alteração e não a sua intensidade, por exemplo, se o limite de etanol hidratado na gasolina é de 19% a 21%, tanto faz que o produto apresente resultado de 21,1% ou 40% que será tratado como não conforme, apesar de no segundo caso estar confirmada uma adulteração".
Ele esclarece ainda que muitas desconformidades não podem ser detectadas nos postos, como, por exemplo, o percentual de biodiesel no diesel diferente dos 5% estabelecidos na legislação, as divergências quanto ao pH ou no ponto de fulgor do combustível, ou até mesmo a presença de "ciscos" nos produtos não podem ser percebidos a olho nu ou através dos testes de qualidade que os postos são obrigados a realizar.