O crédito para financiamento de veículos cresceu 12,9% em 2009, na comparação com 2008. No ano passado, o saldo total das carteiras de leasing e CDC (Crédito Direto ao Consumidor) somou R$ 157,1 bilhões, contra R$ 139,1 bilhões no ano anterior, como mostra levantamento da Anef (Associação Nacional das Empresas Financeiras das Montadoras) divulgado nesta quarta-feira (10).
"O aumento no saldo do crédito para financiamentos de veículos pelas pessoas físicas atingiu as metas preestabelecidas para o período, que estavam em torno de 10% a 15%", afirmou, por meio de nota, o presidente da Anef, Luiz Montenegro. "Esse cenário é resultado da retomada da economia nacional e da confiança do consumidor para aquisição de veículos financiados".
Se analisadas separadamente, as operações de CDC apresentaram um crescimento de 13,9% em relação a 2008, passando de R$ 82,4 bilhões para R$ 93,9 bilhões. Já o leasing cresceu 11,5% e registrou um montante de R$ 63,2 bilhões no ano passado, contra os R$ 56,7 bilhões registrados em 2008.
Juros, inadimplência e prazos
Considerando as taxas de juros cobradas pelos financiamentos, elas encerraram 2009 em 1,42% ao mês (18,44% ao ano), contra 1,8% ao mês verificados em 2008 (23,87% ao ano).
A Anef registrou leve aumento de 0,1 ponto percentual na inadimplência acima de 90 dias para financiamentos em CDC em 2009, queficou em 4,4%, contra os 4,3% registrados no ano anterior.
Os planos oferecidos pelas financeiras no ano passado foram de, em média, 42 meses. Em 2008, o prazo médio era de 40 meses. Já o plano máximo praticado alcançou 80 meses em 2009, contra 60 meses praticados em 2008.
"Para esse ano, as projeções deverão acompanhar a indústria automobilística e nosso setor poderá crescer nas mesmas bases do ano anterior", acredita Montenegro.
No ano passado, 61% das vendas de veículos e comerciais leves foram efetuados a prazo. Desses, 33% foram feitos por meio de CDC e 23% por meio de leasing. Do total de unidades vendidas a prazo em 2009, 5% foram efetuadas por meio de consórcio.
Entre as motos, 27% das vendas foram feitas por meio de consórcio, 48% por meio de CDC e 2% por meio de leasing.