Mato Grosso elevou o consumo de gás natural em 113% em 2013, comparado com o último ano. De janeiro a outubro foram utilizados 4,554 milhões de metros cúbicos do produto, contra 2,136 milhões (m3) no mesmo intervalo de 2012. O crescimento foi puxado pela demanda industrial, que elevou em 1.262% ou 13 vezes o volume de gás utilizado ao longo desses 10 meses, em relação ao ano passado.
Para atender as indústrias, foram necessários 2,862 milhões de metros cúbicos de gás durante o período. Em 2012, o consumo não ultrapassou 210 mil metros cúbicos em igual intervalo. No abastecimento de veículos foi demandado 1,662 milhão de metros cúbicos de gás natural, de janeiro a outubro deste ano. O volume evidencia uma queda de 12,34% em relação ao mesmo período do ano passado, quando foi registrado o consumo de 1,896 milhão de metros cúbicos do combustível.
De acordo com os números da Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado (A- begás), divulgados na quinta-feira (5), Mato Grosso utilizou 456 mil metros cúbicos de gás em outubro deste ano, sendo 65% a mais do que em 2012, quando se manteve em 276 mil metros cúbicos. Por essa base comparativa, houve uma evolução de 253% no consumo industrial, que variou de 90 mil metros cúbicos em 2012 para 318 mil (m3) em 2013. A demanda automotiva retraiu 25,80% no mesmo intervalo, baixando de 186 mil metros cúbicos em 2012 para 138 mil (m3) neste ano.
Em relação ao mês de setembro, houve um incremento de 33% no consumo total do gás no Estado, considerando que no 9o mês deste ano foram utilizados 342 mil metros cúbicos do insumo. Deste total, 153 mil metros cúbicos foram destinados ao segmento automotivo, revelando um recuo mensal de 9,8% no consumo em outubro. O setor industrial utilizou 189 mil metros cúbicos de gás em setembro e isso mostra um crescimento mensal de 68,25% na demanda em outubro.
Sobre a utilização do gás nas indústrias, o engenheiro responsável de uma distribuidora, Francisco Jammal Soares de Almeida comenta que para este ano era esperado um crescimento ainda maior, após a regularização do fornecimento do insumo ao Estado. Neste ano, o governo boliviano chegou a suspender o suprimento do insumo por problemas com o pagamento pela Companhia Mato-grossense de Gás (MT Gás), mas restabeleceu o despacho. Já a Usina Governador Mário Covas (Termelétrica de Cuiabá), que não entra nesse levantamento da Abegás, vinha recebendo o insumo direto da Petrobras, arrendatária da planta.
O revendedor, proprietário do Posto Ipê, Waldir Castro lembra que uma parte dos poucos postos que vendem o insumo em Mato Grosso deixou de oferecer pela fragilidade no abasteci- mento e, principalmente, pelo elevado custo de manuten- ção dos equipa- mentos. Nos 4 pos- tos revendedores de GNV de Cuiabá, o metro cúbico custa R$ 2,09.