O consumo de combustíveis em Mato Grosso em 2012 bateu recorde e apresentou crescimento superior ao do Brasil, segundo o do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo (Sindipetróleo-MT). No ano passado, o consumo no Estado foi de 593.012 milhões de litros, o que representa 21,4% a mais que em 2011, quando as distribuidoras comercializaram 488.408 milhões de litros.
O aumento também ocorreu com o óleo diesel. Em 2011, foram vendidos 2,137 bilhões de litros, já ano passado foram 2,485 bilhões, ou seja, 16,3% de crescimento. De etanol, em 2012, foram consumidos 371.859 milhões de litros, enquanto no ano anterior foram 338.645 milhões de litros. Na comparação, o aumento foi de 9,8%.
No Brasil, houve queda no consumo de etanol de 9,6%. Já a comercialização da gasolina cresceu 11,9% e do óleo diesel 7%. "Proporcionalmente falando, podemos concluir que Mato Grosso cresceu mais que o dobro quanto se trata da comercialização de combustíveis. E nós, mato-grossenses, mostramos pujança arcando com altos impostos", avalia Nelson Soares Junior, diretor-executivo do Sindipetróleo.
"Analisando o Ciclo Otto, onde contabilizamos os dados da gasolina e do etanol juntos numa referência aos veículos de motor flex, o consumo saltou 16,7%, passando de 827.052 milhões para 964.871 milhões de litros", salienta. O ciclo Otto no Brasil cresceu 6,8%.
Divulgado neste mês de fevereiro, o boletim de Qualidade dos Combustíveis elaborado pela ANP e que compara o trimestre de outubro a dezembro ao trimestre de novembro a janeiro, também revela números positivos para o setor. Das amostras de etanol analisadas, observa-se redução no índice de não conformidade em Mato Grosso de 4,2% para 1,5%. Na gasolina, o índice era de 1,5% caindo para 1,3%.
Quanto ao óleo diesel, Mato Grosso apresentou aumento nos índices de não conformidade de 5,3% para 7,6%. "Uma das avaliações que podemos realizar é que estamos em período de transição, já que muitos revendedores comercializam os últimos estoques de óleo diesel S-50 para iniciar a venda de S-10. Este primeiro produto tem muito mais enxofre que o segundo. Neste período de adaptação é comum essa diferença, o que não quer dizer que o diesel esteja com péssima qualidade", elucida o diretor-executivo do Sindipetróleo.
Soares aponta também que a maioria das amostras não conformes são por discrepâncias apenas no item aspecto do produto tal como a cor. "Os dados são claros. De um total de 1.328 amostras colhidas, apenas 51 (3,8%) apresentaram alguma não conformidade. E destas 51 não conformes, 30 apresentaram inconsistência no aspecto", explana.