Um dos setores da indústria que registrou saldo expressivo no primeiro quadrimestre deste ano foi o da construção civil, o melhor de todos os segmentos incluindo também os não industriais. Entre janeiro e abril deste ano, foram contratadas 11,024 mil pessoas e os desligamentos somaram 8,149 mil resultando em um saldo de 2,875 mil, um incremento de 55,8% se comparado ao saldo de igual período de 2007, quando foram registrados 1,845 mil empregos formais, resultado de 7,445 mil admissões e 5,6 mil demissões.
O presidente do Sindicato das Indústrias da Construção Civil de Mato Grosso (Sinduscon-MT), Luiz Carlos Fernandes, afirma que desde o ano passado o setor vem registrando aquecimento, resultado da recuperação do setor agrícola, que fomenta também o setor de comércio, serviços e construção. Ele considera que apesar dos percalços do setor, que se esbarra principalmente na qualificação dos profissionais e do fornecimento de insumos, como o cimento, vem obtendo um resultado positivo.
“A cadeia está se mobilizando para que possa enfrentar os problemas juntos. Firmamos parcerias com o Sesi e Senai para treinamento e qualificação da mão-de-obra, desde o ajudante ao mestre da obra, que têm conhecimentos de segurança no trabalho, higiene, manejo dos resíduos sólidos e qualidade na construção”, diz o presidente ao completar que a procura por pessoas capacitadas está aumentando o que faz subir os salários.
O diretor da Fiemt, Gustavo Oliveira, acrescenta que este ano a Escola Senai da Construção deve formar 25 mil pessoas desde os que já atuam na área (aperfeiçoamento profissional) aos que estão em busca de uma carreira. Entre os cursos oferecidos estão de elétrica, construção civil pesada entre outros.