O programa de investimento em logística, anunciado esta manhã, pelo governo federal, prevê que a construção da FICO -Ferrovia do Centro Oeste- seja licitada e definidas as empreiteiras que construirão os trilhos e terminais de cargas até maio do ano que vem. Lucas do Rio Verde, no Médio Norte Mato-grossense está confirmada na rota dos trens e terá um terminal de cargas para armazenar o que será levado pelos trens até os portos e, de lá, para o exterior.
O pacote 4, que está confirmado e com projeto executivo sendo elaborado, é do trecho de Lucas do Rio Verde a Uruaçu(GO) -proporcionando acesso a outras ferrovias chegando até o Porto de Santos- com aproximadamente 1.000 km para construir trilhos onde serão aplicados R$ 4,5 bilhões. A previsão é de ficar pronto este trecho em 2 anos após o início das obras. A segunda etapa compreenderia de Lucas até Porto Velho (RO). O investimento total de R$ 6,4 bilhões.
O programa prevê a construção de diversas ferrovias nos Estados de São Paulo, Pará, Rondônia, Minas, Goiás, dentre outros. A FICO -que também passou a ser chamada “Ferrovia da Soja” está no grupo 1, entre as mais adiantadas do pacote, pois já foram feitas audiências públicas, estudos e projetos básicos. A Ferrovia de Integração Centro-Oeste terá 1.638 km de extensão de Vilhena (RO) até trilhos da Norte Sul em Uruaçu (GO). Vai porporcionar transporte 12 milhões toneladas de cargas ano.
No programa anunciado hoje o governo fará Parceria Público Privada. O governo contrata a construção, fará a manutenção e a operação da ferrovia. A VALEC compra a capacidade integral de transporte da ferrovia e faz oferta pública da capacidade, assegurando o direito de passagem dos trens em todas as malhas, buscando modicidade tarifária A proposta será feita para usuários que quiserem transportar carga própria, operadores ferroviários independentes, concessionários de transporte ferroviário
A Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja) fez estimativa apontando que, quando estiver efetivamente funcionando, a Fico terá condições de baratear em até R$ 1 bilhão por ano o custo do frete que hoje é pago pelos produtores da região.
(Atualizada às 14:42h arte: assessoria)