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Confiança do comércio fecha 2014 em queda histórica, avalia CNC

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O Índice de Confiança dos Empresários do Comércio (Icec) fechou 2014 com queda de 13,4% na comparação com dezembro de 2013, o maior recuo anual do indicador em toda a série histórica iniciada em março de 2011.  

Os dados do índice foram divulgados hoje (06), pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), e indicam que, na comparação mensal (novembro de 2014) o Icec apresentou queda de 2,5%, a quarta queda seguida e a maior desde fevereiro de 2014.

Para o economista Fabio Bentes, “a estagnação da economia e o menor crescimento das vendas nos últimos 11 anos foram os principais responsáveis pela perda de confiança por parte dos empresários do comércio”.

Segundo o economista da entidade, desde 2003 o comércio não tem um desempenho tão fraco. “Dadas a trajetória recente do índice e a ausência de sinais claros de recuperação dos fatores de sustentabilidade das vendas do setor, o ano de 2015 deverá impor novos desafios à retomada da confiança por parte dos empresários”, disse, em entrevista à Agência Brasil.

Para o economista, houve “uma grande decepção do comércio” com o desempenho das vendas no ano passado. “Nós já esperávamos um ano ruim, mas não que o comércio tivesse o seu pior desempenho dos últimos 11 anos. Em 2014, as vendas do comércio varejista crescerão entre 2,5% e 3%, uma vez que os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indicam expansão de 2,5% de janeiro a outubro, podendo fechar em torno de 3% com os resultados de novembro e dezembro”.

Então, disse o economista, o ano de 2014, descontada a inflação, “foi o pior em faturamento real de toda a série história. E o ano de 2013 já havia sido um ano fraco, com crescimento de 4,3%. Então, 2014 foi o pior ano do varejo desde 2003”.  Bentes disse que a CNC trabalha com expectativa de crescimento de 3,6% nas vendas reais em 2015.

A pesquisa da CNC indica que na opinião de três em cada quatro empresários do comércio, é de que a economia está pior do que há um ano. O subíndice que mede as condições atuais teve seu pior nível (76,6 pontos) desde o início da pesquisa, no comparativo mensal o recuou foi 6,7%.

Segundo a entidade, a contínua desaceleração do comércio levou os empresários a reavaliar os investimentos para os próximos meses, com o subíndice de Investimentos do Empresário do Comércio recuando 10,3% na comparação anual e 1,5% na comparação mensal.

“A queda na intenção de investimentos em máquinas e equipamentos esbarra não somente no ritmo mais fraco das vendas como, também, no custo mais elevado de captação de recursos por parte das empresas”, avaliou o economista da confederação.

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