A retomada da duplicação da BR-163, há pouco mais de um ano, já criou 2 mil novas vagas de empregos formais em Mato Grosso, um aumento de 130% no número de trabalhadores que atuam no principal eixo rodoviário do estado em relação ao primeiro semestre do ano passado. As obras tiveram início em julho de 2023 e foram consequência direta da ação do Governo de Mato Grosso de assumir o controle da Nova Rota do Oeste e fazer um aporte de R$ 1,6 bilhão para a retomada das obras. Com a contratação de novas frentes de serviço, a estimativa da concessionária é iniciar 2025 empregando mais de 5 mil funcionários.
Em maio de 2023 a empresa contava com 1.604 postos de trabalho entre diretos e indiretos. Desde o repasse do controle para o Governo de Mato Grosso, por meio da MT Par, foram assinadas quatro ordens de serviço para duplicação do segmento rodoviário aquecendo a contratação de mão de obra. Atualmente, 3.695 pessoas atuam em prol dos usuários da BR-163.
O presidente do Conselho de Administração da Nova Rota, Cidinho Santos, reforça que as contratações são essenciais para o avanço das obras e ainda refletem positivamente na economia de Mato Grosso, com a geração de renda e atração de profissionais para o mercado da construção civil, que está aquecido e é o terceiro que mais emprega no país, segundo dados divulgados em agosto pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
“O número de vagas é alto e as empresas responsáveis pelas obras estão contratando continuamente. Tanto absorvendo a mão de obra local como buscando profissionais em outros estados. E como estamos finalizando a contratação de novas frentes de serviço esse número vai ser ainda maior. A retomada da duplicação da BR-163 é um desafio que reflete positivamente em vários setores, não só o da construção civil e de infraestrutura, mas também no agronegócio, logística, tecnologia, entre outros”, pontuou.
Esse cenário é reflexo direto da solução desenhada para o contrato de concessão da BR-163 pelo Governo de Mato Grosso e a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), com a anuência do Tribunal de Contas da União (TCU), por meio da assinatura de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), que culminou com o repasse do controle da Concessionária para o Governo de Mato Grosso e o aporte financeiro do Estado para colocar o contrato em pé.
Do total de funcionários, 1.002 fazem parte efetivamente da Nova Rota do Oeste nos mais variados cargos administrativos e operacionais, desenvolvendo atividades que impactam positivamente na vida de quem percorre a rodovia. Os subcontratados ocupam 2.693 vagas e prestam serviço na BR-163 por meio de empresas contratadas pela concessionária. Destes, 87% são focados nas obras. O restante atua em atividades diversas, como no resgate e atendimento médico.
O canteiro de obras entre Diamantino e Nova Mutum, por onde iniciou a duplicação da BR-163 ao norte do estado, concentra o maior número de funcionários. São 1.100 empregos formais distribuídos em 17 equipes dedicadas à construção de 86 quilômetros de rodovia. Atualmente, 45% da obra está concluída e os contratados trabalham na construção de 30 quilômetros de pista nova, recuperação de 56 quilômetros do trecho já existente e conclusão da ponte sobre o Rio Arinos.
Na frente de duplicação de Nova Mutum a Lucas do Rio Verde são mais cerca de 700 funcionários trabalhando na ampliação da capacidade da rodovia, manutenção, construção da ponte sobre o Rio dos Patos e viaduto da travessia de Nova Mutum. A Nova Rota do Oeste conta ainda com outros dois contratos em andamento para duplicação da Rodovia dos Imigrantes (BR-070, em Cuiabá) e Br-163 em Sinop. Esses contratos foram assinados nos últimos meses e, por enquanto, concentram menor número de funcionários.
Números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego no último mês, apontam que a região Centro-Oeste é a quarta em criação de vagas de janeiro a julho de 2024 com 15.347 novos postos de trabalho. Aponta ainda que o setor com maior geração de empregos foi o de Serviços (798.091), seguido da Indústria (292.165) e da Construção Civil (200.182). O Comércio e a Agropecuária ocupam, respectivamente, o quarto e quinto lugar no ranking.
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