O comércio mato-grossense registrou em setembro 3.581 protestos, perfazendo neste ano 40.809 incidências de títulos. Isto representa um aumento de 10,88% no acumulado em relação ao mesmo período do ano 2005. O levantamento foi feito pelo Departamento de Pesquisas Econômicas da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Mato Grosso – Fecomércio/MT e foi divulgado nesta quarta-feira.
O presidente da entidade, Pedro Nadaf disse que apesar do resultado negativo, o setor está otimista em relação ao último trimestre. No dia das Crianças as vendas tiveram uma pequena elevação em relação ao ano passado. Além do número de títulos protestados a Fecomércio/MT divulgou os números referentes a falências, uma ocorrência, totalizando 12 neste ano, somando no acumulado do ano de 2005 em relação a 2006, um índice favorável – 57,14%, pois no mesmo período de 2005 haviam 28 registros.
Quanto a concordatas desde 2005 não há nenhuma incidência. Nadaf destaca que apesar do número de protestos ter aumentado consideravelmente de janeiro a setembro de 2006, as empresas com muito esforço estão conseguindo cumprir suas obrigações, mantendo suas atividades comerciais, devido a um acumulo de queda nas vendas no estado, de 11%, de janeiro a setembro deste ano, em relação ao mesmo período do ano passado.
Otimisto
Mesmo com o resultado da pesquisa ser negativo, Nadaf acredita que o setor de comércio de bens, serviços e turismo está otimista para os últimos três meses de 2006 e prevê ainda que as vendas para o final de ano terá incremento de 5%. Vale informar que no terceiro trimestre de 2006, o resultado dos títulos protestados conquistaram um decréscimo de 5% se comparado aos dois últimos trimestres, onde o acumulado de janeiro a setembro teve um comportamento propenso de – 10,57%. Além disso, o número de 3.581 títulos protestados registrados é o menor do ano, sendo 12,65% inferior ao do mês de agosto, o que traz um reflexo positivo.
A Fecomércio/MT mostra que com as vendas do Dia das crianças, o comércio registrou um aumento de 3% em relação ao ano 2005, sendo brinquedo, eletroeletrônico, confecção e produto escolar, os principais produtos comercializados nesta época. Com estes números, a expectativa é manter o mesmo desempenho do ano passado, com incremento de 5%. O setor vai gerar, em detrimento do Natal, a maior data do calendário comercial, 6 mil empregos temporários e circulará no mercado R$ 370 milhões de reais, oriundos do pagamento do 13º salário do servidor público, bem como da iniciativa privada.