O presidente do Sindicato dos Representantes Comerciais do Estado de Mato Grosso (Sirecom), José Pereira Filho, afirmou que o comércio continua sofrendo com o atual momento econômico devido as medidas restritivas que a atividade vem enfrentando. Em Cuiabá e Várzea Grande, por exemplo, apenas 57 das atividades consideradas essenciais estão funcionando há 3 semanas. Milhares de pequenas, grandes e médias empresas estão fechadas para evitar aglomerações e conter o avanço da doença. O lockdown foi prorrogado, na última sexta, pelo judiciário, por conta do alto índice de casos ativos da doença, aumento no número de mortes e da alta taxa de ocupação das UTIs na rede pública que passa de 90%.
Para o dirigente, os impactos da pandemia com exceção daqueles que atuam no segmento alimentício e de higiene, todos os demais estão sendo duramente penalizados com os impactos da pandemia. “Muitos estão em situação extremamente crítica, pois sobrevivemos das comissões sobre as vendas, e sem poder vender há mais de três meses, o resultado não poderia ser outro”, disse, através da assessoria.
José Pereira afirmou ainda que o Sirecom tem atuado com outros 36 sindicatos de outros estados, do Fórum Sindical dos Representantes Comerciais na buscas de ações que possam a vir beneficiar a categoria. “Além disso, também integramos a Câmara de Serviços através da CNC (Confederação Nacional do Comércio). Isso significa dizer que, além de atuarmos em nível regional, em prol de ações que possam a vir beneficiar nossa categoria, como isenção de impostos para compra de veículos novos e também isenção do mostruário, que é nosso material de trabalho, atuamos também em nível nacional. Sabemos da importância de unir forças para cobrar direitos e melhorias em políticas públicas, por isso, tanto o Fórum Sindical, quanto à Câmara de Serviços da CNC, são ferramentas que podem nos fortalecer e potencializar nossas reivindicações”.
Ele também criticou algumas ações políticas e chegou apontar que existe divergência entre poder público e judiciário. “Uma ‘queda de braços’ onde nós, os empresários, ficamos no meio. A questão é que, se uma empresa fecha as portas, não é apenas aquele empresário que passará por dificuldades. Quando uma empresa fecha as portas, todos os funcionários que trabalham naquela empresa, também irão sofrer as consequências, além da fábrica que deixa de vender, o que gera uma cadeia de impactos negativo, proporcionando a alta no preço dos produtos e o consumidor também pagando mais caro. Precisamos de uma atuação mais firme do Governo do Estado, do prefeito de Cuiabá, a fim de garantir que possamos exercer nossa atividade, já que ninguém vai se responsabilizar em pagar nossas contas”.