O alto preço do dólar, que beira os R$ 6, tem levado os produtores de Mato Grosso para o mercado externo e o reflexo se vê nos dados de exportação elaborados e divulgados pelo Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC). Entre janeiro e agosto deste ano, o estado aumentou as exportações em 8,5% em relação ao mesmo período do ano passado e já é responsável por 9,5% das vendas que o Brasil faz para o mercado exterior, ficando em quarto lugar no ranking nacional dos exportadores.
Em oito meses, o valor de vendas dos produtos mato-grossenses chegou a quase U$ 12,9 bilhões. O valor é 8,5% a mais do que os R$ 11,9 bilhões a mais do que o período entre janeiro e agosto de 2019, que já era a maior venda dos últimos dez anos. Com as importações em baixa de 11,3%, o superávit da balança comercial ficou superior a U$ 11,7 bilhões.
A soja em grãos foi o produto mais vendido e corresponde a 57% das exportações estaduais. O farelo da soja e outros alimentos para animais tem 11% de participação do mercado. O milho aumentou as vendas, também chegou a 11% e passou o algodão, com 8,4%. A carne corresponde a 8,2% das vendas e o restante se divide entre ouro, madeira e derivados dos produtos primários.
Sozinha, a China comprou U$ 4,6 bilhões de Mato Grosso e ficou com 36% do mercado. A variação em relação ao período passado é de 10%, o que equivale a U$ 428 milhões a mais injetados nos produtores locais. A Holanda, Espanha, Turquia e Tailândia, que completam os maiores mercados, também aumentaram as compras e ajudaram a melhorar os números de Mato Grosso.