Aproxima-se do fim a colheita do milho safrinha em Mato Grosso. Até o final da semana passada, o percentual alcançado atingia a casa dos 96%, média geral apurada pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agrícola (Imea). Ele aponta que apenas na região Sudeste pelo menos 17% das áreas plantadas ainda terão a produção captada.
Apesar dos trabalhos continuarem, poucos negócios continuam sendo fechados. Para o instituto, a queda no preço da commoditie faz o produtor aguardar por um cenário mais favorável, levando-se em conta que as condições do mercado continuam sendo decisivas para impor ritmo às comercializações. O levantamento divulgado revela que produtores de Lucas do Rio Verde que deixaram de vender no começo do mês passado por R$17,50 (a saca com 60kg), hoje não receberiam mais que R$13.
Isto significa uma redução de R$4,50 por saca. Segundo o Imea, os poucos acordos fechados são para o consumo interno, “basicamente intermediado por corretores, visto que os compradores visam o mercado estão com preços menos atrativos para o produtor”, informa.
No mercado internacional, dentre os fatores que seguem influenciando baixa nos preços do milho estão a melhoria dos Estados Unidos, liquidação dos fundos, petróleo em queda, aumento da estimativa de produção norte-americana.
O Brasil acumula recorde em sua área com 14,6 milhões de hectares destinados à cultura entre a primeira a segunda safra, equivalente a 15% em dez anos. Para o Imea, “ isso causado pelos dois maiores produtores nacionais, sendo Paraná e Mato Grosso, 20% e 13%, respectivamente. Este avanço foi devido, principalmente, ao salto de produção da segunda safra mato-grossense, que saiu de pouco mais de 500 para 6.600 mil toneladas”, expõem.