Os agricultores com dificuldades para quitar seus débitos com instituições financeiras ganharam mais tempo para renegociar a dívida. Em reunião extraordinária hoje (13), o Conselho Monetário Nacional (CMN) prorrogou para 12 de dezembro o prazo para os produtores aderirem à renegociação da dívida rural.
A informação foi confirmada há pouco pelo secretário-adjunto de Política Agrícola do Ministério da Fazenda, Gilson Bittencourt. Originalmente, o prazo venceria em 30 de setembro, mas a data havia sido prorrogada para amanhã (14).
Na ocasião, o CMN informou que o adiamento ocorreu porque o percentual de adesão dos produtores com dívidas nos Bancos do Nordeste e da Amazônia estava em torno de 20%.
Enviada ao Congresso na forma de medida provisória no dia 28 de maio, a renegociação foi convertida em lei no dia 18 de setembro. Ao todo, o governo aceitou renegociar R$ 75 bilhões de dívidas dos produtores rurais. A medida beneficia até 2,8 milhões de contratos.
A renegociação concede descontos que vão de 5% a 45% sobre o saldo devedor, com juros variando entre 3% a 12% ao ano. Neste caso específico, as dívidas foram contraídas por agricultores familiares, assentados da reforma agrária, médios produtores e os chamados agricultores empresariais.