A distribuição de chuvas na região, nos últimos dias, tem preocupado muitos sojicultores, principalmente com o aparecimento de focos de ferrugem em algumas plantações. Em Lucas do Rio Verde, mesmo sem resgistros da doença, produtores estão tomando todas as precauções com a aplicação de defensivos.
Segundo a secretária de Agricultura e Meio Ambiente, Luciane Copetti, a falta de chuvas afetou muitas lavouras. “Esse clima é próprio para algumas doenças”, alertou. O município destinou cerca de 220 mil hectares ao plantio da cultura nesta safra e deve se destacar entre os maiores produtores do Estado.
A preocupação com a rentabilidade das lavouras também atinge outros municípios da região. Em Nova Mutum, que também está entre os maiores produtores de soja do país, diversos focos de ferrugem já foram constatados. Somados a outras doenças, podem acarretar na produção menor que a estimada, de 835,200 toneladas, nesta safra.
Em Sinop a falta de chuvas também afetou o desenvolvimento das plantas, que deve resultar na queda de produtividade em algumas plantações. Alguns produtores ainda não conseguiram terminar de plantar devido o veranico. A estimativa é que 6% da área da região destinada à cultura ainda não foi cultivada.
Entre outras doenças que preocupam o setor está a ‘mela’, que atinge as folhas e queima a planta. Ela é uma enfermidade comum nas regiões de temperatura elevada e com chuvas freqüentes acompanhadas de alta umidade. A mosca branca também atacou muitas lavouras na safra passada, devido a irregularidade na proporção das chuvas no plantio. A alta umidade que se concentra na parte inferior da planta, onde ela se reproduz, é um dos principais fatores para sua proliferação.
As primeiras lavouras de soja devem começar ser colhidas no final de janeiro e início de fevereiro na região.