O Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira do Estado de Mato Grosso – CIPEM- informou, esta tarde, que o "aumento exagerado nos índices de desmatamento, alterando o padrão que vinha sendo estabelecido nos últimos anos, dá a crer que há uma corrida pela devastação com vistas a uma possível anistia, a partir da aprovação do novo Código Florestal". A entidade criticou os que estão fazendo desmates ilegais. Os números do INPE apontam que, de 593 quilômetros quadrados desmatados, sendo cerca de 480 apenas em Mato Grosso, de março a abril deste ano – parte considerável nas regiões Médio Norte e Norte.
"Se querem acabar com o desmatamento, terão que conter esses produtores e pecuaristas, que se utilizam de correntões e conseguem recursos de agentes financiadores e de multinacionais. A maioria está fazendo isso, com expectativa de perdão no futuro. Além de devastar o meio ambiente, ainda penalizam Mato Grosso, que fica como o grande desmatador", criticou o presidente do Fundo de Apoio a Madeira de Mato Grosso – FAMAD, César Mazon.
O CIPEM havia se posicionado recentemente como não conivente com este avanço, fato que prejudica a atividade do manejo florestal sustentável e, sobremaneira a imagem do setor. Principalmente, diante das divulgações e de imagens que são associadas ao desmatamento, mostrando sempre, toras de madeira.
O CIPEM reforça apoio para a bandeira do "desmate ilegal zero" e demonstra apreensão que, o aumento nos desmates, possa travar -ou atrasar ainda mais a liberação- a liberação de planos de manejo para extração seletiva de toras para atividade madeireira.