A colheita do algodão em Mato Grosso – principal produtor nacional da cultura – já está atrasada em aproximadamente 20 dias, segundo análise da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). O prolongamento do período chuvoso e as baixas temperaturas analisadas recentemente foram apontadas como principais motivações.
Neste sentido, foi estimada perda de produtividade nas lavouras de primeira safra, “notadamente no primeiro terço da plantação (caixeiro). Com relação às lavouras de segunda safra, as precipitações foram benéficas, podendo oportunamente ser contabilizado ganhos de produtividade, compensando dessa forma os atuais prejuízos nas lavouras de primeira safra”, destaca a pesquisa.
A projeção da produção do algodão em caroço para a safra atual mato-grossense é de pouco mais de 2,6 milhões de toneladas. Cerca de 5,1% superior ao contabilizado na safra anterior. A produtividade é de 3.710 kg/ha (+ 4,8%). Já a área destinada para o plantio foi de 725,7 mil hectares, variação de 0,3% a mais em relação a 2011.
Conforme a análise, nacionalmente a produção está estimada em pouco mais de 5 milhões de toneladas, queda de 2,8% ante a safra anterior. Estima-se que o índice de produtividade média do algodão em caroço deverá alcançar 3.612 kg/ha, contra 3.705 kg/ha obtidos na safra passada, representando um decréscimo médio de 2,5%.
Além de Mato Grosso, a colheita segue em ritmo lento em outras regiões. Na Bahia, segundo na produção nacional, as lavouras sofreram com a escassez hídrica verificada na fase de desenvolvimento vegetativo. Assim, está projetado redução na ordem de 17,0% no rendimento médio estadual.
Em Minas Gerais as lavouras estão se desenvolvendo bem, à exceção da região Norte, onde a estiagem provocou abortamento de flores e frutos. A colheita na região já se iniciou e deverá se estender até setembro. Conforme o estudo, o rendimento médio para o Estado, atualmente, é de 3.669 kg/ha, 0,2% acima do observado no ano passado.