O documento das 58 CDLs (Câmaras de Dirigentes Lojistas) em Mato Grosso será entregue, hoje, ao governador Mauro Mendes pedindo a flexibilização imediata do Decreto Estadual 836, que limita funcionamento do comércio até as 19h, de segunda a sexta-feiras, aos sábados e domingos até o meio dia, para evitar aglomerações e conter avanço da Covid e diminuir o número de mortes, bem como a lotação de UTIs que se aproxima de 90% no Estado.
Após várias reuniões, parte delas remotas devido o distanciamento, é solicitado que o comércio funcione de segunda à sábado das 5h às 22h, e domingo até às 14h, toque de recolher das 23h às 5h.
A mobilização partiu dos diretores da CDL Sinop e uniu as demais entidades e está sendo exposto que “e um momento grave de saúde pública, mas também é preciso pensar no impacto que as medidas podem causar nos empresários e trabalhadores. Calculamos um prejuízo, no setor de bares e restaurantes de aproximadamente R$ 154 milhões, nos 15 dias de duração desse decreto”, apontou o presidente Marcos Antônio Alves.
As CDLs solicitaram um estudo, feito “pelo Centro de Pesquisas Socioeconômicas – CISE da Universidade Estadual de Mato Grosso, que aponta uma previsão de impactos do decreto 836, prejuízo de R$ 360 milhões ao PIB de Mato Grosso. O segmento de Serviços, representando 63,3% do PIB de Mato Grosso”, informa a entidade em Sinop.
No setor de bares e restaurantes, o segmento mais afetado pelo toque de recolher, a estimativa é que atinjam 23.233 empregos diretos e 46.466 empregos indiretos.
Além da flexibilização da medida, as CDLs sugerem algumas ações ao governo, que podem ajudar no controle da disseminação do Covid: implantação de protocolos para monitoramentos de sintomas iniciais; intensificação na imunização da população com vacina; adoção de protocolos para prescrição do kit covid em fase de sintomas iniciais e de maneira preventiva; investimento na prevenção com disponibilização de vitaminas e outras; rígidos protocolos de isolamento de casos suspeitos e confirmados; preservação da população que fazem parte do grupo de risco; reativação de UTIs e/ou hospitais de campanha; utilização de prédios públicos, como Estádios e Ginásios para atendimento à população; Intensificação das fiscalizações em estabelecimentos que não cumprem os protocolos de biosseguranças. campanhas de conscientização e distribuição de materiais orientativos, dentre outras propostas.
As CDLs reforçam que a maioria dos empresários já adota medidas de segurança dos protocolos sanitários estabelecidos para cada segmento, além de orientar o cumprimento do distanciamento social, uso de máscara facial e disponibilização de álcool gel nos estabelecimentos, incentivando o serviço de delivery, bem como sanitização periódica dos estabelecimentos.
Ontem, em Sinop, o governo de Mato Grosso ativou mais 10 leitos de UTIs ampliando para 29 o total.