A carga tributária total do Brasil subiu para 37,37% do Produto Interno Bruto (PIB) no ano passado, ante 35,88% do PIB em 2004, informou a Receita Federal nesta quinta-feira.
O governo tinha como compromisso não elevar a carga tributária no País. Mas a Receita atribuiu o movimento à expansão da economia, à lucratividade das empresas e a uma maior eficiência da administração tributária.
Por esses motivos, o secretário da Receita Federal, Jorge Rachid, qualificou o aumento da carga como “saudável” – palavra que foi repetida por ele algumas vezes em entrevista a jornalistas.
“Os contribuintes que cumpriram com a obrigação tributária não tiveram aumento de tributos”, garantiu Rachid.
Ele explicou que o PIB de 2005 foi puxado por indústria e serviços, setores que têm carga tributária maior do que a agricultura, que havia sido mais relevante para a economia em 2004.
Da carga tributária total, a União representou 26,18 pontos percentuais e, dessa parcela, a Secretaria da Receita Federal correspondeu a 17,96 pontos ante 17,13 pontos em 2004.
Estados e municípios representaram 11,20 pontos da carga, frente a 10,88 pontos no ano anterior.