As definições para a tabela referencial do frete caminham no governo federal. Cobrança dos caminheiros de todo país, que inclusive chegaram a bloquear a BR-163 no Mato Grosso, no primeiro semestre, a Agência Nacional de Transporte Terrestre (ANTT) divulgou a resolução que estabelece a metodologia e os parâmetros de referência para cálculo dos custos. Foram considerados os custos operacionais diretos e tributos incidentes sobre o veículo.
Em nota, a ANTT explicou que “os custos classificados como diretos são determinados por meio de estudos técnicos e são referenciais, já que podem variar conforme a operação. Estes se dividem em custos fixos e variáveis. Os fixos são calculados independente se o veículo está em operação ou parado, como reposição de veículo, remuneração mensal do capital empatado no veículo, custo de mão de obra dos motoristas, entre outros”.
Já em relação aos custos variáveis, o órgão explicou que “são compostos por manutenção, combustível, lavagem e outros. O texto [da resolução] ainda classifica o custo-peso, resultante da soma dos custos com o deslocamento da carga e o custo fixo, ponderado pela capacidade de carga do veículo”.
Os caminhoneiros em Mato Grosso defendiam que o preço mínimo do frete considera os gastos com o caminhão no transporte como pneus, taxas e combustível. Um dos exemplos apresentados é de um trecho de 600 quilômetros, que corresponde aproximadamente o trajeto de Lucas do Rio Verde a Rondonópolis, em que o preço da tonelada seria de R$ 103,83. Hoje, conforme a representatividade do setor no Estado, o valor é de R$ 90, na safra
Exigindo a criação da tabela, caminhoneiros chegaram bloquear por 5 dias, em abril, rodovias no Estado. Os manifestos ocorreram em trechos da BR-163 em Sorriso, Guarantã do Norte e Lucas do Rio Verde. A BR-364 foi interditada em Rondonópolis, Diamantino e Alto Garças. A BR-174, em Comodoro, além da MT-158, em Tangará da Serra, também foram bloqueadas. Em fevereiro também ocorreram mobilizações.