Sete em cada 10 profissionais de TI (Tecnologia de Informações) afirmaram não respeitar as políticas de segurança da empresa. A informação foi divulgada recentemente pela Cisco Connected World Technology, que avaliou a opinião de 2.800 jovens de 14 países do globo, incluindo o Brasil.
Ao que parece, a atitude é motivada pela crença de que não existe nada de errado em tal ação. A afirmação foi dada por 33% de jovens do mundo e 28% de brasileiros. O mesmo se deu em relação à necessidade de baixar softwares e programas não autorizados por empregadores: para 22% dos contratados, isso não deveria ser um problema.
"Além disso, globalmente, 19% admitiram que as políticas não são fiscalizadas, já no que diz respeito ao Brasil, apenas 6% informaram que as políticas de suas empresas correspondem a esses termos", demonstrou o estudo.
Mudanças
Outro dado relevante apontado pela pesquisa foram as políticas adotadas pelas organizações de TI. Enquanto 18% dos profissionais informaram não ter tempo de pensar nestas questões enquanto estão trabalhando, outros 16% relataram que obedecer essas normas não é conveniente.
Seguindo essa tendência, outros 15% de jovens consultados afirmaram que não cumprem essas políticas por falta de tempo ou mesmo por esquecimento (22%). Apenas 14% informaram que costumam burlar o sistema, às escondidas, apenas quando seus chefes não estão por perto.
"O ato de equilibrar a conformidade da política de TI com os desejos dos jovens profissionais por um acesso mais flexível às mídias sociais, bem como aos dispositivos e ao acesso remoto vêm testando os limites das culturas corporativas tradicionais", diz o estudo. "As demandas desses colaboradores vêm pressionando as culturas corporativas para que tenham mais flexibilidade".
Para se ter uma ideia, o número de profissionais que concordam que as empresas precisam passar por modificações para lidar com as demandas reais por mais flexibilidade no trabalho chega a 67%.
A pesquisa
O relatório Cisco Connected World Technology avaliou a opinião de universitários e jovens profissionais de até 20 anos de idade, que juntos somaram 2.800 participantes de 14 países: Austrália, Brasil, Canadá, China, França, Alemanha, Índia, Itália, Japão, México, Rússia, Espanha, Reino Unido e Estados Unidos.