A produção de etanol, de biodiesel e de alimentos teve grande influência no saldo positivo da indústria estadual revelada pela Pesquisa Industrial Mensal, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e, no acumulado desse ano, as eindústrias mato-grossenses aumentaram 25,7% a produção. O Estado detém o maior índice entre as demais unidades da federação e maior até mesmo que a média nacional, que foi negativo em 1,1%.
De acordo com o gerente de Economia da Fiemt, Pedro Máximo, o resultado positivo de Mato Grosso foi impulsionado, principalmente, pelos setores de produtos alimentícios (carnes de bovinos congeladas, frescas ou refrigeradas, óleo de soja em bruto e tortas, bagaços, farelos e outros resíduos da extração do óleo de soja) e biocombustíveis (álcool combustível). “A produção de Mato Grosso foi assegurada graças a disponibilidade de área plantada de matéria-prima, além de um cenário de negócios propícios para novos investimentos”. O Observatório da Indústria da Federação das Indústrias de Mato Grosso (FIEMT) tem analisado os dados.
O presidente do Sindicato das Indústrias de Bioenergia de Mato Grosso (Sindalcool), Silvio Rangel, avalia que o índice de produção verificado reflete a retomada da competitividade do setor em comparação com o ano passado. “Em 2021, a seca e a geada prejudicaram a safra de cana-de-açúcar e o Brasil apresentou queda na produção de etanol. Consequentemente, os preços do biocombustível não se mantiveram competitivos frente à gasolina. Nesse ano, o preço ao consumidor final se manteve atrativo, estimulando o consumo”, apontou, através da assessoria.
No comparativo de setembro com mesmo mês de 2021, a alta é de 37,5%, reflexo da recuperação de produção industrial frente ao baixo volume produzido no ano passado. No nacional, o saldo da produção do mês de setembro em relação ao mês de agosto apresentou retratação de 0,4%.