O presidente da Associação de Bares, Restaurantes e Similares, Marcelo Barão, estimou perdas de 50% no faturamento do setor, nos 12 dias em que prevaleceu o toque de recolher, das 23h às 05h, encerrado na última terça-feira, com as empresas do setor podendo ficar abertas até às 22h. Considerando que o segmento de alimentação (bebidas) emprega 4.400 pessoas direta e indiretamente e movimenta R$ 15 milhões ao mês, o setor deixou de faturar aproximadamente R$ 7,5 milhões. A medida foi tomada, pela prefeitura, para reduzir aglomerações e riscos de mais casos de Covid devido a alta ocupação de UTIs.
“Os restaurantes tiveram uma perda considerável, tinham que fechar a cozinha uma hora antes e os bares meia hora antes. Nós estávamos trabalhando três horas por dia (período noturno). Outra coisa que influenciou é que a maioria dos estabelecimentos trabalha com happy hour, que é uma promoção, isso quer dizer que os estabelecimentos que trabalham com o happy hour estavam atendendo uma hora e meia com cardápio normal”, explicou o presidente.
Marcelo reconheceu a importância dos manifestos feitos pelo setor e demais entidades para revogação do decreto ( que inicialmente duraria 15 dias) e o setor voltar a funcionar em horário normal.
O presidente reforçou a parceria com o poder público para fortalecimento econômico e parabenizou a decisão do prefeito Roberto Dorner. “O nosso desgaste com o poder público foi muito grande, mas os comerciantes não têm objetivo nenhum em fazer oposição, pelo contrário nosso objetivo é trabalhar com segurança. Parabenizo o poder público, o prefeito, que nos atendeu, que viu a importância do setor para a economia. A associação está à disposição para ajudar no que for preciso para o combate desse vírus”.
Ainda de acordo com Marcelo, os associados têm apresentado perdas que variam de acordo com a particularidades de cada empresa, podendo chegar até 70% a menos do faturamento, mas com estimativa de 30 dias para recuperação. E, para que o setor não seja afetado outra vez, “orienta a todos os comerciantes a trabalharem com todos os protocolos de prevenção a Covid-19”, concluiu.