A missão técnica do Banco de Desenvolvimento Alemão Kreditanstalt für Wiederaufbau (KfW) finalizou visita a Mato Grosso e assinou uma ‘ajuda memória’ contendo o resultado das discussões sobre o estudo de viabilidade de implantação do Programa Global REDD Early Movers (REDD para Pioneiros – REM). A iniciativa é inédita e tem por objetivo promover o pagamento por resultados de 17 milhões de euros pelo bom desempenho do Estado na redução do desmatamento e da degradação ambiental.
Ficou definido que o apoio ao sistema REDD+ será realizado em complementariedade pela Alemanha e outros doadores do Fundo Amazônia, com a expectativa de implementação do programa para três anos, caso seja assinado o acordo. Mato Grosso também poderá ter apoio financeiro do Reino Unido, o que poderá expandir o tempo de execução para cinco anos. A esfera de governança estratégica é o Conselho Gestor Estadual de REDD+, um órgão deliberativo e paritário, composto por representantes do Governo e da sociedade civil.
Esta é a terceira vez que a missão REM vem ao Estado. Segundo a representante do KfW, Christiane Ehringhaus, a equipe retorna para a Alemanha animada e confiante. “O pagamento por resultados será realizado com recursos públicos alemães e está prioritariamente vinculada à diminuição do desmatamento. A proposta é que esse dinheiro impulsione políticas públicas fundamentais para a mudança e a consolidação de um novo sistema produtivo em que se valorize a floresta em pé”.
O secretário de Meio Ambiente e vice-governador, Carlos Fávaro, ficou muito satisfeito com o balanço dos trabalhos da comitiva. “Este é um momento importante para Mato Grosso, que assumiu, durante a COP 21 de Paris, em 2015, o compromisso de zerar o desmatamento ilegal até 2020. Esses recursos permitirão que possamos avançar com a nossa meta, porque para obtê-la temos que ir além das ferramentas de comando e controle, é necessário promover ações de desenvolvimento sustável”, declarou, através da assessoria.
A comitiva composta por técnicos de diversas secretarias estaduais, do setor produtivo e da agricultura familiar, de ONGs, representantes indígenas e comunidades tradicionais, debateram os principais procedimentos e condicionantes da execução do planejamento e ainda fizeram visitas técnicas a municípios do interior de Mato Grosso para conhecer a região prioritária do programa, informa o Gabinete de Comunicação.