Os bancários de Mato Grosso descartaram, esta tarde, a proposta apresentada pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) que reajustava em 8% os salários dos trabalhadores e entram em greve por tempo indeterminado a partir desta terça-feira. Os bancos negaram as reivindicações relacionadas à segurança bancária, mais contratações para atender a população e valorização da categoria, por exemplo. No Estado, são 282 agências e mais de 4,5 mil bancários.
De acordo com a assessoria do Sindicato dos Bancários de Mato Grosso, o resultado da última negociação entre os funcionários e a Fenaban ocorrida na sexta-feira, foi uma proposta de 8% por parte dos bancos, sendo que os trabalhadores reivindicam um reajuste salarial de 12,8%. Os bancos se negaram a investir em segurança com instalação de biombos, câmeras no prédio da agência, vidros blindados nas fachadas e portas giratórias, entre outros.
A segurança bancária é uma das principais pautas de reivindicações dos bancários, e durante todo processo de negociação, o sindicato de Mato Grosso fez atos de protesto para cobrar dos bancos mais investimento, e ainda dialoga com o poder público para que a onda de ataques a banco não continue crescendo. Somente até este mês, já foram 27 agências atacadas e 69 caixas eletrônicos em 2011.
“Nossa luta é por trabalho decente, a começar pela segurança nas agências. Estamos unidos nesta campanha para que a população não sofra com o terror nos bancos. As instituições financeiras devem valorizar os trabalhadores ao invés de pensar somente no lucro. No primeiro semestre deste ano, os bancos já lucraram mais de R$27 bilhões e tem a coragem de dizer não as nossas reivindicações. Queremos segurança nas agências, melhoria para todos”, afirma o presidente do SEEB-MT, Arilson da Silva.
O presidente também destaca que as contratações são mais do que necessárias nas agências, mas os bancos insistem em negar esta realidade. Ele afirma que a população merece ser bem atendida e com mais funcionários para o atendimento, a demora nas filas diminue e a qualidade no atendimento aumenta.
O fim do assédio moral no ambiente de trabalho também é bandeira defendida pela categoria, além do fim das metas abusivas e dos altos juros. Os bancários lutam nesta greve por igualdade de oportunidade, aumento dos vales alimentação e refeição, e combate as terceirizações entre outros.
Em Sinop a greve inicia com paralisação nas duas agências do Banco do Brasil, em algumas particulares (número não confirmado) e a Caixa Econômica Federal deve parar após quarta-feira.