O Sindicato dos Bancários de Mato Grosso (SEEB-MT) realizará uma assembleia geral, nesta quinta-feira (1º), às 18h, em Cuiabá, para discutir o reajuste salarial. A categoria já adiantou a indicação pela rejeição da proposta da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) e início da greve a partir do dia 6, com assembleia organizativa um dia antes.
A orientação é do Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT, que já informou aos banqueiros na mesa de negociação que considera a proposta insuficiente. A categoria pede reajuste salarial de 14,78%, o que significa 5% de aumento real acima da inflação; piso salarial de R$ 3.940,24 (equivalente ao salário mínimo do Dieese em valores de junho último); vales alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá no valor de R$ 880 ao mês para cada (salário mínimo nacional); melhores condições de trabalho, com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoecem os bancários; fim das demissões, mais contratações, fim da rotatividade e combate às terceirizações diante dos riscos de aprovação do PLC 30/15 no Senado Federal, além da ratificação da Convenção 158 da OIT, que coíbe dispensas imotivadas; plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para todos os bancários e auxílio-educação: pagamento para graduação e pós.
“A proposta de 6,5% de reposição [proposta pelos banqueiros] representa apenas 68% da inflação (INPC projetado em 9,57%), o que significa uma perda salarial de 2,80%. E ainda insistem na política de abono que tanto prejudicou a categoria nos anos 1990. Além de ser uma proposta insuficiente, questões importantes, como garantia de emprego, saúde e condições de trabalho foram ignoradas pelos patrões”, avalia o presidente do sindicato de Mato Grosso e integrante do Comando Nacional, Clodoaldo Barbosa.
“Essa proposta exige uma resposta da categoria. Por isso, convocamos assembleia de avaliação. O sindicato indica a rejeição da proposta e greve a partir do dia 6. Até lá, os bancários aguardam que a Fenaban reavalie seu posicionamento e apresente nova proposta que contemple as nossas reivindicações. Caso contrário, não teremos outra saída a não ser encaminhar para a greve”.